São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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PAINEL

Cenoura
A Câmara resolveu dar um estímulo para que os deputados não faltem à votação do salário mínimo. Quem estiver hoje em plenário poderá sumir o resto da semana e ter o ponto abonado.

Bolão petista
Na cúpula do PT, alguns estimam que a bancada poderá dar até 20 votos aos R$ 275 da oposição. Mas, entre os cinco petistas que votaram contra o governo na primeira passagem do mínimo pela Câmara, a previsão é mais modesta: no máximo dez.

Convite irrecusável
Geddel Vieira Lima recebeu telegrama de Professor Luizinho (PT) para comparecer à votação de hoje. Em campanha na capital baiana, o peemedebista não ia, mas mudou de idéia. "Não posso deixar de atender ao chamado do líder do governo." Votará, de novo, contra os R$ 260.

Barco de papel
A doação de corveta da Marinha brasileira à Namíbia, mencionada ontem por Lula ao presidente do país, foi anunciada pela primeira vez na viagem do brasileiro à África. Entre a intenção e o gesto, há um oceano.

Longo prazo
O Ipsos-Opinion perguntou a mil entrevistados na cidade de São Paulo se votariam em Lula ou Antonio Palocci caso a eleição para o Planalto fosse hoje: 49,4% escolheram o presidente; 17,9% preferiram o ministro.

A luta continua
Faixa estendida na convenção do PT no domingo em Belo Horizonte: "De Ibiúna até Brasília, estamos com José Dirceu". Quem assinava era a Resistência Socialista da capital mineira.

"Pravda" repaginado
O boletim "Em Questão" passará a ser distribuído para 200 mil endereços eletrônicos. Eram 5.000 no início do governo. O informativo oficial de Lula agora terá entrevistas, a primeira delas com Márcio Thomaz Bastos.

Na contramão
No PSDB, há quem recomende não tomar como fato consumado a afirmação de pefelistas de que o deputado Gilberto Kassab será o vice de José Serra.

Troca-letras
Durante discurso realizado ontem na OAB-SP, Paulo Maluf errou por três vezes o nome do presidente do Tribunal de Alçada Civil, Maurício Ferreira Leite, presente na cerimônia. Diante das referências do candidato do PP ao "meu caro doutor Murilo", o juiz apenas sorria.

Ironia do destino
O PT quer porque quer convencer Geddel Vieira Lima, crítico incondicional do governo Lula, a abrir mão de sua candidatura em Salvador para endossar a de Nelson Pellegrino. Nem pensar, diz o deputado peemedebista. Se ele desistir, deverá apoiar Lídice da Mata (PSB).

De vidraça a estilingue
Após ano e meio como diretor administrativo de Itaipu, Rubens Bueno deixou o cargo para disputar a Prefeitura de Curitiba pelo PPS. Em sintonia com o discurso do presidente da sigla, Roberto Freire, dirá que a vida do brasileiro piorou sob Lula.

Inimigo íntimo
Petistas do Paraná pedem ao Planalto a saída de Emerson Palmieri da diretoria de Finanças da Embratur. Atribuem ao petebista irregularidades na prestação de contas da eleição de 2000. O ataque incomoda o PT nacional, já que o PTB é seu aliado de primeira hora em Curitiba.

Visita à Folha
Luis A. Domenech, presidente da Comgás, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Carlos Eduardo Freitas Bréscia, diretor de assuntos institucionais, de Paulo Cesar Nunes de Souza, diretor administrativo, e de Suzy Gasparini, assessora de imprensa.

TIROTEIO

Do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), sobre a "coalizão de oposição" que, segundo o ministro José Dirceu, incluiria "setores importantes da mídia" e "setores empresariais articulados, inclusive, com forças políticas internacionais":
-Ficou faltando apenas incluir a CIA e o imperialismo norte-americano para estarmos bem centrados nos anos 50.

CONTRAPONTO

Beijinho, beijinho...

Em ritmo de campanha pela reeleição, a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), levou Lionel Jospin a conhecer uma unidade do CEU (Centro Educacional Unificado) durante visita do ex-premiê francês ao Brasil no mês passado.
Quando chegou ao local do evento, no bairro do Sacomã, zona sul da capital, Marta atendeu aos jornalistas e, como de costume, foi logo destacando projetos de sua administração.
Quando a petista terminou, a imprensa passou a questioná-la sobre temas difíceis, como a situação das finanças da cidade.
Ao longo do mandato, Marta quase sempre deu de ombros, virou as costas e saiu sem responder o que não a interessava.
Mas dessa vez foi diferente:
-Gente, depois a gente conversa!-, respondeu bem-humorada, antes de abandonar os jornalistas distribuindo beijinhos com as mãos.


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