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Pimenta faz críticas à "paralisia" do Congresso
da Sucursal de Brasília
O ministro Pimenta da Veiga
(Comunicações), coordenador político do governo, criticou ontem o
que chamou de "paralisia" do
Congresso nas últimas semanas.
Ele disse que é "evidente" que o
presidente Fernando Henrique
Cardoso não está satisfeito.
Depois de se reunir por quatro
horas com o presidente no Palácio
da Alvorada, Pimenta anunciou
que FHC vai convocar uma reunião de líderes para retomar a
agenda do Congresso em agosto.
"Nas últimas semanas, houve
uma paralisia dos trabalhos do
Congresso, que não é boa para o
país", afirmou Pimenta.
O ministro disse que avaliou com
FHC o final deste semestre legislativo e o início do próximo, em
agosto. "O presidente vai estimular o Congresso, por intermédio de
seus líderes, a cumprir uma pauta
efetiva indispensável para o país."
Sobre as crises na base do governo, Pimenta defende "regras de
comportamento". O ministro disse esperar que a nomeação do novo diretor-geral da Polícia Federal
encerre os problemas na base do
governo.
Segundo Pimenta, FHC está
preocupado com o bate-boca entre
Carlos Velloso, presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal), e Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
presidente do Congresso. "O presidente está tomando as medidas
que acha necessárias", disse.
Sobre a reforma judiciária, Pimenta frisou que a proposta do relator, Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP), é pessoal -não é posição de governo.
O líder do PSDB na Câmara, Aécio Neves (MG), concorda com a
avaliação de FHC. "Eu acho que o
Congresso avançou em alguns assuntos, mas ficamos muito à mercê
de crises estéreis", disse.
O vice-presidente da Câmara e
do Congresso, deputado Heráclito
Fortes (PFL-PI), disse ser "inoportuno falar mal do Congresso quando os presidentes das duas Casas
estão ausentes". Até o final da tarde de ontem, os presidentes das
duas Casas, Michel Temer (PMDB-SP) e Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA), ainda não haviam retornado de Portugal, onde participaram de encontro de cúpula de
parlamentos ibero-americanos.
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