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DNA emitiu cheque de
R$ 9,7 mi de conta no BB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No início da análise sobre as
contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no Banco do Brasil, ontem, a CPI dos
Correios identificou um cheque
de R$ 9,7 milhões emitido pela
DNA Propaganda de Belo Horizonte (MG). O dinheiro foi sacado
ou transferido para outras contas
no mesmo dia, 22 de maio de
2003, segundo parlamentares.
A dúvida sobre o destino do
cheque só deverá ser resolvida hoje pelo próprio Banco do Brasil,
segundo o gerente geral de inteligência e segurança do BB, Edson
Lobo. "Aparentemente foi uma
transferência", disse Lobo. O BB
não soube dizer quais contas foram beneficiadas com a operação.
A CPI agora requisitou documentação mais detalhada sobre
as movimentações, que permitirão mostrar a origem e o destino
dessa e de outras operações no
BB. Segundo parlamentares, a documentação apurada até ontem
indica uma saída de R$ 50 milhões dos cofres das empresas de
Valério entre 2000 e 2005. Seriam
mais de 8.000 movimentações.
O relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse haver "outros cheques de valores elevados".
"Podem ter sido transferências."
Os cheques levantaram a suspeita
de que a agência do BB de Belo
Horizonte tenha deixado de comunicar ao Coaf (Conselho de
Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Ministério da Fazenda saques acima de R$ 100 mil,
o que é previsto na lei de 2003 de
combate à lavagem de dinheiro.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que os documentos enviados pelo BB não correspondiam à expectativa dos parlamentares. "O que veio não atendia aos
nossos objetivos, não sabemos
quem são os beneficiados. Agora
o banco enviará todas movimentações acima de R$ 30 mil", disse
Álvaro Dias.
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