São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 2002

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PAINEL

Dissidência tucana
Após romper publicamente com a candidatura José Serra, o tucano Tasso Jereissati (CE) tenta articular uma debanda no PSDB pró-Ciro. O ex-governador prometeu à Frente Trabalhista trazer ao menos 30 deputados até o fim do mês.

Tropa de choque
Além da bancada do PSDB do Ceará, Tasso investe em deputados do NE, de MG e até de SP. Pretende atrair também para a campanha de Ciro os governadores tucanos Albano Franco (SE) e Almir Gabriel (PA) e o ex, Eduardo Azeredo (MG).

Medo de contágio
Arthur Virgílio (PSDB-AM), líder do governo no Congresso e apelidado de "pit bull de FHC", esqueceu de Serra em sua campanha ao Senado. O nome do presidenciável não aparece na maior parte do material de propaganda do candidato tucano.

Inimigo íntimo
A imagem de Ciro chamando um eleitor de "burro" em um programa de rádio foi gravada apenas pela TV de ACM, na BA. Enfurecido, o ex-senador procura quem vazou a fita para o comitê de Serra, que a colocou no ar no programa eleitoral.

Faixa carimbada
Desta vez, Ciro não comentou o jogo da seleção para uma rádio, como fizera na última partida do Brasil em Fortaleza, em março. Alegou que a lei eleitoral o impede. Mas saiu do CE com fama de pé-frio assim mesmo.

Arma ao inimigo
No jingle de Ciro, tocado no programa de TV do presidenciável, está a expressão collorida, para deleite dos seus adversários: "Minha gente".

Memória seletiva
Antônio Cabrera (PTB), candidato de Ciro ao governo de São Paulo, disse no programa eleitoral na TV que foi ministro aos 29 anos. Só esqueceu de dizer que foi nomeado por Fernando Collor de Mello.

Fantasma
Tasso Jereissati assistiu ao primeiro dia de horário eleitoral, anteontem, com Ricardo Teixeira. Mas o tucano não sabia regular a TV de 34 polegadas de seu escritório. A solução foi apelar para o velho Bom-Bril sobre uma antena improvisada. Viu a imagem do amigo Ciro turvada.

Puxão de orelha
Solange Jurema, secretária nacional dos Direitos da Mulher, enviou ontem uma carta a Lula comunicando que sua secretaria já existe há seis meses. Em evento anteontem com lideranças femininas em São Paulo, o petista prometeu criar um órgão federal de direitos da mulher.

Ataque especulativo
Pedro Malan tem atualmente uma outra preocupação além da crise econômica: conter uma invasão de escorpiões na sede do Ministério da Fazenda.

Palanque pesado
O juiz Sideni Pimentel mandou prender por desacato a autoridade um funcionário contratado pela campanha de Zeca do PT para armar o palanque do showmício de Lula ontem à noite em Campo Grande (MS). O palco havia sido montado em frente à entrada do fórum.

Engarrafamento
O showmício de Lula, com Zezé di Camargo e Luciano, rendeu atrito de Zeca do PT com o prefeito de Campo Grande, André Puccinelli (PMDB). O governador queria interditar por três dias a avenida onde seria realizado o evento, mas o prefeito só aceitou por um dia e meio.

Visitas à Folha
Hélio Bicudo (PT), vice-prefeito de São Paulo, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do assessor Marcelo Nobre.
 
O senador Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL, visitou ontem a Folha.
 
O embaixador José Aparecido de Oliveira, presidente da Fundação Oscar Niemeyer e secretário de Assuntos Internacionais de Minas Gerais, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do deputado Luciano Zica (PT-SP), sobre o grupo de Ciro:
- A única diferença entre o palanque de Ciro e o de Collor em 89 é que o Roberto Jefferson está 70 quilos mais magro.

CONTRAPONTO

Campanha em perigo

Há cerca de um mês, em um comício em Corumbá (MS), Rita Camata (PMDB), vice de Serra, chamou a cidade de "Cuiabá", recebendo em troca uma sonora vaia dos sul-matogrossenses, que odeiam ser confundidos com os vizinhos.
Na noite de anteontem, Rita acompanhou Serra a um comício em Alexânia (GO).
E cometeu uma nova gafe.
Assim que subiu ao palanque, a candidata a vice-presidente começou a elogiar um a um os políticos presentes.
Por último, saudou o anfitrião:
- E aqui ao meu lado o grande governador de Goiás, Marconi Perigo!
Alertada pelo burburinho na platéia, a deputada peemedebista percebeu o fora e tentou consertar:
- Eu sei que o nome do governador é Marconi Perillo. Mas quis dizer que ele é um perigo para os corruptos...



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