DA REPORTAGEM LOCAL

Em panfletagem no centro de São Paulo, a deputada Rita Camata (PMDB-ES), vice do presidenciável José Serra, pediu votos para o tucano, fez promessas de campanha e aproveitou para consultar uma cigana sobre o futuro da campanha nacional.
Apesar de ouvir previsões positivas a seu respeito e de ser comparada a uma leoa, Rita ficou séria quando escutou da cigana Helena Souza, 58, que para Serra a situação era mais "difícil". "A senhora tem muita sabedoria e vai vencer sempre na vida. Quem prejudica é o [presidente] Fernando Henrique. Ele tem de ser mais sincero com o povo", disse a cigana.
O encontro das duas foi rapidamente dispersado por assessores tucanos, que puxaram Rita para dentro de uma loja na rua 25 de Março.
A deputada, que parecia estar mais à vontade quando pedia votos a mulheres, liderou uma liga feminina pelo voto tucano, por cerca de duas horas. Atrás dela estavam a mulher de Serra, Monica, e a de José Aníbal, presidente do PSDB e candidato ao Senado, Edna Matosinho.
"Ela é a esposa de Serra, jura?", perguntou uma das que acompanhavam a panfletagem. "Sim, sou a mulher dele", respondeu Monica, exibindo um santinho de Serra nas mãos. "Ele é o candidato que mais fez coisas boas pelo Brasil." Mas toda a atenção ficava para Rita, que ouvia elogios, agradecia às garrafinhas de água dadas por camelôs e que até fumou o cigarro de uma de suas admiradoras.
Aníbal acompanhou-as por cerca de uma hora. Foi embora após um telefonema de Serra. "Assuntos de campanha", afirmou. (LILIAN CHRISTOFOLETTI)



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