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Freire critica adesão de "ACMs da vida" a Ciro, em alusão a economista
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O presidente do PPS, senador
Roberto Freire (PE), atacou de
forma incisiva, ontem em Recife,
a inclusão do economista José
Alexandre Scheinkman na campanha do presidenciável do partido, Ciro Gomes, e as adesões "cômodas" à ela. Anteontem, o senador já havia feito críticas ao convite feito ao economista.
Em palestra a estudantes secundaristas, Freire disse que o crescimento de Ciro nas pesquisas
"trouxe esses ACMs da vida [referência ao ex-senador Antonio
Carlos Magalhães (PFL-BA), que
apóia Ciro]. Para ele, "outros gabirus [ratos de esgoto] ainda virão". ACM tem dito que não vai
responder a críticas do senador.
Para Freire, o PPS precisa estar
atento a eventuais "mudanças de
gênero na condução política e implantação do projeto de governo".
Ele se referia especificamente à inclusão de Scheinkman na equipe.
"Há adesões que são cômodas",
disse à Agência Folha. "Em candidaturas que marcham para a vitória sempre tem isso."
O senador disse não saber por
que o economista, ligado às teses
liberais, foi chamado para auxiliar
na elaboração do programa de
governo. "Pergunte isso ao Ciro."
Freire afirmou que não questionou o candidato sobre o assunto.
E disse que considera Scheinkman "contraditório" com a política defendida pelo PPS. "Quero
um Estado com capacidade de regular mercado, e ele, um Estado
que não tenha nenhuma capacidade de nada", declarou. "Isso é o
que diferencia a direita da esquerda, do ponto de vista econômico."
Para Freire, render-se ao pensamento liberal levaria o PPS "a um
processo de direitização como
existe hoje no PT". "O PT rendeu-se e quer acalmar banqueiro."
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