DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) afirma que nenhum contrato foi ainda assinado entre as partes envolvidas e que, portanto, o Sebrae não desembolsou um só centavo com o "Projeto Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local", em parceria com o Instituto Cidadania, ONG ligada ao PT: "Existe apenas um acordo operacional entre os parceiros", declarou Luiz Roberto Marinho, pelo Sebrae.
O Instituto Cidadania, por seu turno, assegura, por intermédio de seu coordenador executivo, Paulo Vannuchi, que o R$ 1,2 milhão que lhe cabe pagar para a consecução do projeto ainda depende de coleta junto a outros parceiros.
Entre esses potenciais novos parceiros, Paulo Vannuchi enumera a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, cujo presidente é o empresário José Alberto de Camargo, que atualmente também preside o Instituto Cidadania. Vannuchi preferiu não revelar outros dois parceiros potenciais, embora diga que as negociações estão avançadas.
Procurado ontem para falar sobre a parceria, o presidente executivo do Sebrae, Paulo Okamotto, não quis dar entrevista à Folha. Okamotto presidia o Instituto Cidadania nas eleições de 2002, quando seu amigo Luiz Inácio Lula da Silva -o fundador do instituto- foi eleito presidente.
O presidente do Conselho Deliberativo Nacional do órgão, Armando Monteiro Neto, que também preside a CNI (Confederação Nacional da Indústria), estava em viagem, fora de Brasília.


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