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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Último recurso
Informações que circulam no governo e entre as
empresas em litígio a propósito da construção da usina de Jirau indicam que a Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) deverá dar sinal verde à proposta de
alteração do eixo da barragem feita pelo consórcio
vencedor, liderado pela franco-belga Suez. A idéia é
combatida pela Odebrecht, líder do consórcio que
venceu o leilão de Santo Antônio (a outra usina no rio
Madeira) e depois perdeu o de Jirau. O Ibama se inclina hoje para veredicto semelhante ao da Aneel.
Ciente do provável desfecho da pendência nessas
duas instâncias, Emílio Odebrecht terá um encontro
com Lula hoje no Palácio do Planalto. Com Dilma
Rousseff, avalia a empresa, não adianta mais insistir.
$eca. É grande a preocupação de dirigentes do PSDB
com o até agora baixo fluxo de
caixa da campanha de Geraldo Alckmin à prefeitura.
Decibéis. Paulo Maluf (PP)
contratou uma banda para
acompanhá-lo nas ruas.
Quando um repórter perguntou se a música ajudava a abafar eventuais protestos, o candidato reagiu com veemência:
"Não senhor, a banda veio
aqui para tocar tambor".
Encolheu 1. Mal estreou o
horário eleitoral, a campanha
de Antonio Imbassahy
(PSDB), segundo colocado em
Salvador, passou o facão na
equipe que faz os programas.
A produtora Malagueta, do filho de Duda Mendonça, cortou cerca de 30 profissionais.
Encolheu 2. A coordenação da campanha admite que
houve "redimensionamento"
dos gastos para se adequar à
arrecadação até aqui, mas diz
que a qualidade será mantida.
Pré-fabricado. O PT de
Fortaleza, outro cliente de
Duda, está de cabelo em pé
com a campanha que o ex-marqueteiro de Lula prescreveu para a candidata do partido. Assim como em outras
praças, ele apelou ao velho
"Luizianne fez". O PT acha
que deveriam ser enfatizadas
as ações sociais da gestão.
Não pode. A Justiça Eleitoral proibiu João da Costa
(PT), apoiado em Recife pelo
prefeito e correligionário
João Paulo, de usar o mesmo
slogan da gestão ("A grande
obra é cuidar das pessoas").
Assim sim. A complexa
súmula do STF, que proíbe o
"nepotismo cruzado", mas
não fala de troca de favores
entre Poderes, abre brechas
para situações como a do secretário Nacional de Justiça,
Romeu Tuma Júnior, filho do
senador Romeu Tuma (PTB).
Assim não. Já a mulher do
ministro Fernando Haddad
(Educação), que ocupa cargo
de confiança no Ministério da
Saúde, teria de deixar o posto,
já que as duas pastas entrariam na definição de nepotismo cruzado da súmula, segundo a interpretação corrente ontem no Congresso.
Audácia! Do senador Mão
Santa (PMDB-PI), que emprega a mulher no gabinete,
desancando a decisão do STF:
"Cargo de confiança não é
emprego. Estamos aqui para
ensinar os outros Poderes,
não para nos agacharmos".
Trilhos. A bancada do PT na
Assembléia recebeu nova leva
de contratos da CPTM, no valor de R$ 1,5 bi, firmados entre a Alstom e o governo paulista de 1995 a 2008. Cerca de
R$ 549 mi teriam irregularidades graves, segundo o TCE.
Visitas à Folha. Marta
Suplicy, ex-prefeita e candidata do PT à Prefeitura de São
Paulo, visitou ontem a Folha,
a convite do jornal, onde foi
recebida em almoço. Estava
acompanhada de Aldo Rebelo
(PC do B), deputado federal e
vice da chapa, Carlos Zarattini, deputado federal e coordenador-geral da campanha,
Valdemir Garreta, coordenador, Rui Falcão, deputado estadual, e Mário Moysés, assessor de imprensa.
João Grandino Rodas, diretor da Faculdade de Direito da
USP, visitou ontem a Folha.
com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO
Tiroteio
"Quando me perguntam na rua se sou Alckmin
ou Kassab, digo que estou solteiro e fazendo
campanha contra a "Martaxa". Não fomos
nós vereadores que criamos esta situação."
De GILBERTO NATALINI (PSDB), candidato a novo mandato na
Câmara paulistana, sobre a saia-justa na bancada tucana diante
das candidaturas simultâneas do prefeito e do ex-governador.
Contraponto
Pendura
Em recente homenagem do Tribunal de Justiça de São
Paulo a Paulo Skaf, as conversas paralelas giravam em
torno do plano do presidente da Fiesp de disputar o governo estadual em 2010, se possível pelo PSDB. Em seu
discurso, o tucano Vaz de Lima, presidente da Assembléia, resolveu brincar com o assunto:
-Saibam que eu fui um dos financiadores da campanha
do Paulo Skaf à presidência da Fiesp!
Diante do espanto geral, o próprio Skaf explicou:
-Estávamos em São José do Rio Preto. Fomos a uma
lanchonete e atacamos de refrigerante, bolacha, torta e
doce. Corremos para pegar o avião e esquecemos de pagar. Tempos depois, a dona cobrou do Vaz...
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