São Paulo, sexta-feira, 22 de agosto de 2008

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"Vagabundo" de Kassab é candidato a vereador por partido aliado ao prefeito

DA REPORTAGEM LOCAL

As eleições municipais da capital uniram o prefeito Gilberto Kassab (DEM) ao homem que ele expulsou aos gritos de "vagabundo" de um posto de saúde em fevereiro de 2007. O publicitário Kaiser Paiva Celestino da Silva, 48, protagonista da cena mais explosiva da vida política do democrata, é candidato a vereador por uma sigla que apóia o prefeito nas eleições majoritárias da capital, o PSC (Partido Social Cristão).
O incidente, ocorrido durante a inauguração de uma unidade AMA (Assistência Médica Ambulatorial) na zona norte da capital, levou Silva a fazer uma representação no Ministério Público para que Kassab fosse condenado por ofendê-lo verbal e fisicamente. No dia seguinte ao episódio, o prefeito afirmou que apenas queria proteger os pacientes do posto contra os protestos de Silva.
O publicitário diz que resolveu se filiar ao PSC em outubro, após ficar sabendo que o Ministério Público havia arquivado a representação apresentada por ele.
Silva afirma que a filiação a um partido aliado do prefeito foi resultado de um infeliz desfecho de acordos políticos. O publicitário diz que esperava que o candidato do PSC à prefeitura fosse o deputado federal Régis de Oliveira, e que ficou surpreso quando o partido resolveu apoiar Kassab. "Quando tive ciência de que o partido iria apoiar o DEM, pensei: "Puxa, me dei mal! E agora?'"
Silva diz que não sabe se vai botar a campanha dele na rua. Afirma que as ofensas do prefeito lhe causaram problemas psiquiátricos e que vai consultar um médico antes de decidir se vai se lançar em campanha. "A questão da saúde está me preocupando. Preciso pensar melhor se é conveniente que eu saia [como candidato] ou não", diz o publicitário.
Silva afirma que há outra dificuldade a ser superada para buscar os votos nas ruas: quer defender modificações na Lei Cidade Limpa, uma das principais bandeiras de Kassab. O publicitário diz que ainda não fez gravações para o horário eleitoral.
À Justiça Eleitoral ele declarou apenas um bem: uma GM Caravan ano 1984 no valor de R$ 2.500.
(FF)

NA INTERNET
http://campanhanoar.folha.blog.uol.com.br/
veja o vídeo do incidente


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