|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Vagabundo" de Kassab é candidato a vereador por partido aliado ao prefeito
DA REPORTAGEM LOCAL
As eleições municipais da
capital uniram o prefeito
Gilberto Kassab (DEM) ao
homem que ele expulsou aos
gritos de "vagabundo" de um
posto de saúde em fevereiro
de 2007. O publicitário Kaiser Paiva Celestino da Silva,
48, protagonista da cena
mais explosiva da vida política do democrata, é candidato
a vereador por uma sigla que
apóia o prefeito nas eleições
majoritárias da capital, o
PSC (Partido Social Cristão).
O incidente, ocorrido durante a inauguração de uma
unidade AMA (Assistência
Médica Ambulatorial) na zona norte da capital, levou Silva a fazer uma representação
no Ministério Público para
que Kassab fosse condenado
por ofendê-lo verbal e fisicamente. No dia seguinte ao
episódio, o prefeito afirmou
que apenas queria proteger
os pacientes do posto contra
os protestos de Silva.
O publicitário diz que resolveu se filiar ao PSC em
outubro, após ficar sabendo
que o Ministério Público havia arquivado a representação apresentada por ele.
Silva afirma que a filiação a
um partido aliado do prefeito foi resultado de um infeliz
desfecho de acordos políticos. O publicitário diz que
esperava que o candidato do
PSC à prefeitura fosse o deputado federal Régis de Oliveira, e que ficou surpreso
quando o partido resolveu
apoiar Kassab. "Quando tive
ciência de que o partido iria
apoiar o DEM, pensei: "Puxa,
me dei mal! E agora?'"
Silva diz que não sabe se
vai botar a campanha dele na
rua. Afirma que as ofensas
do prefeito lhe causaram
problemas psiquiátricos e
que vai consultar um médico
antes de decidir se vai se lançar em campanha. "A questão da saúde está me preocupando. Preciso pensar melhor se é conveniente que eu
saia [como candidato] ou
não", diz o publicitário.
Silva afirma que há outra
dificuldade a ser superada
para buscar os votos nas
ruas: quer defender modificações na Lei Cidade Limpa,
uma das principais bandeiras de Kassab. O publicitário
diz que ainda não fez gravações para o horário eleitoral.
À Justiça Eleitoral ele declarou apenas um bem: uma
GM Caravan ano 1984 no valor de R$ 2.500.
(FF)
NA INTERNET
http://campanhanoar.folha.blog.uol.com.br/
veja o vídeo do incidente
Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Blairo faz pressão em servidores por votos Índice
|