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"O que aconteceu a Paulinho
aconteceu a outros", diz Lula
a platéia de metalúrgicos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva defendeu ontem
o presidente da Força Sindical
e deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, durante evento do aniversário de 20 anos da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.
"O que aconteceu com Paulinho já aconteceu com outros
e não se pode jogar a dignidade
pela janela. Nessas horas, é
momento de andar de cabeça
erguida", disse, aplaudido por
cerca de 300 sindicalistas.
Paulinho foi investigado na
Operação Santa Tereza por suposto recebimento de propina
na intermediação de empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) a prefeituras do Estado de São Paulo.
Ele nega a acusação.
O deputado aproveitou o
público do evento, na maioria
sindicalistas, para alfinetar o
Congresso. O deputado também é investigado pelo Conselho de Ética da Câmara. Ao pedir que Lula se empenhe na redução da jornada de trabalho,
criticou os colegas.
"Se o governo não der uma
mãozinha, aquele Congresso
ali não funciona muito, eu sou
deputado e sei bem disso e o
senhor também sabe", disse,
olhando para Lula.
Lula ouviu reivindicações
de dois sindicalistas, entre elas
que dispute o terceiro mandato. O presidente desconversou, ao afirmar que o seu governo está criando as condições para fazer um sucessor.
Em seu discurso, o presidente também pediu que o
Congresso vote a reforma política para evitar "que deputados e vereadores fiquem nas
mãos dos empresários pedindo dinheiro para a campanha e
depois fiquem defendendo [os
empresários] no mandato".
O governo articula estratégia para aprovar itens da reforma no Congresso. A idéia é enviar ao menos seis propostas
que tramitarão de forma independente.
(SIMONE IGLESIAS)
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