São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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PESQUISA

PRESIDENTE

42% dos eleitores acreditam que Lula é o candidato mais preparado para enfrentar o problema, contra 18% de Serra

Para 42%, desemprego é maior problema

DA REDAÇÃO

Hoje o principal problema do país é o desemprego, segundo 42% dos eleitores -percentual idêntico ao dos que acreditam que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o presidenciável mais preparado para combatê-lo.
Em segundo lugar aparece José Serra (PSDB), com 18% das preferências. Na pesquisa feita em 15 e 16 de agosto, antes do início do horário gratuito, Lula era considerado o mais preparado para superar o problema por 37% -o mesmo percentual dos que pretendiam votar nele. Já Serra era tido como o mais preparado por 20%, taxa superior aos 13% que pretendiam votar nele na época.
A correlação entre a avaliação do eleitorado sobre a capacidade do candidato para enfrentar o problema do desemprego e a intenção de voto é bastante forte: 74% dos eleitores dizem que a questão do desemprego tem muita influência na definição do seu voto, e outros 14% afirmam que ela tem um pouco de influência.
O problema preocupa mais as pessoas que integram a População Economicamente Ativa (42%) do que para as que estão afastadas do mercado de trabalho (36%), como donas-de-casa, aposentados e estudantes. Ele desperta sobretudo a atenção dos desempregados procurando emprego (57%), dos assalariados sem registro (50%) e dos trabalhadores que vivem de bicos (48%).
O peso do desemprego na definição do voto é muito grande na faixa etária que vai dos 16 aos 59 anos, caindo bastante entre os que têm 60 anos ou mais. Ele aflige mais as pessoas com nível superior (83%) do que aquelas que só têm o primeiro grau (68%).
As regiões mais preocupadas com o tema são Norte e Centro-Oeste (77%) e Sudeste (75%). As regiões metropolitanas são mais sensíveis ao problema (78%) do que as cidades do interior (72%).
Fora o desemprego, as questões que mais preocupam o eleitorado são: violência/segurança (18%), saúde (8%), educação (6%) e fome/miséria (5%). Desde 1996, o desemprego tem sido considerado o problema mais relevante do país, mas já teve um peso menor: 33% em junho de 1996, 31% em dezembro de 2001, 32% em fevereiro de 2002. Atingiu seu pico (53%) em dezembro de 1999. A saúde teve um peso maior até 1998, enquanto a segurança ganhou relevo de 2000 para cá.


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