São Paulo, domingo, 22 de setembro de 2002

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Programa de Ciro enfatiza poupança

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O programa de Ciro Gomes (PPS) é o que mais enfatiza a necessidade de elevar a taxa de poupança nacional como forma de combinar crescimento, superávit comercial e inflação baixa.
"Essas três coisas nunca acontecem juntas no Brasil por causa da baixíssima taxa de poupança doméstica", diz Luiz Alberto Rabi, economista ligado à campanha do candidato.
Isso explica, argumenta, por que os ganhos de renda decorrentes do crescimento econômico se transformam automaticamente em mais consumo, o que eleva as importações e leva a balança comercial ao vermelho.
Ou, observando por outro ângulo, o crescimento do país normalmente é financiado com poupança externa -que ingressa no país na forma de empréstimos e investimentos para cobrir o déficit nas transações de bens e serviços com o exterior.
Pretende-se elevar a taxa de poupança doméstica, que hoje não chega aos 20% do Produto Interno Bruto, para pelo menos 25% do PIB, por meio das reformas tributária e da Previdência.
A primeira, segundo Rabi, teria efeito mais rápido. Seriam reduzidos os impostos sobre a produção, reforçando a tributação sobre o consumo. O Imposto de Renda também mudaria, para dar isenção à parcela da renda poupada pelo contribuinte.
Na Previdência, seria instituído o regime de capitalização, pelo qual cada pessoa se aposenta com os recursos que poupou ao longo da vida.
O Tesouro, porém, seria obrigado a arcar com as aposentadorias dos que estão atualmente no mercado de trabalho.


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