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Social tem de mudar, diz economista
DA SUCURSAL DO RIO
Para o economista Ricardo Paes
de Barros, se o governo não mudar sua atual política social, o quadro de desigualdade permanecerá
estável até o fim do governo Lula.
O economista lembrou que, nos
últimos 20 anos, praticamente
não houve alteração nesse quadro, com o 1% da população mais
rica se apropriando da mesma
parcela da renda nacional que todos os brasileiros que estão na
parcela dos 50% mais pobres.
"Acho que se seguirmos o que
estamos fazendo atualmente, a
desigualdade não vai mudar. Sou
otimista, acho que esse governo
[Lula] vai melhorar sua política
social. No entanto, se ele não a
aperfeiçoar, com a política que temos hoje, não vamos melhorar
muito", afirmou.
Para Paes de Barros, o governo
Lula ainda não foi capaz de tornar
a política social eficaz porque falta
avaliação dos programas sociais e
mais focalização nos gastos para
os efetivamente mais pobres. Um
exemplo de melhoria apontado
pelo economista é a ampliação e
integração dos programas sociais
voltados para os mais pobres.
Programas diferentes
No ano passado, o governo Lula
integrou vários programas voltados para essa população- como
o Bolsa-Escola e o Bolsa-Alimentação- em um único programa:
o Bolsa-Família.
No entanto, para Paes de Barros, essa integração não é eficaz.
"Juntar o Bolsa-Escola, o Bolsa-Alimentação e outros é juntar
programas iguais. A verdadeira
melhoria da política social vai surgir na hora em que você começar
a juntar programas diferentes.
Tem que haver um programa para aliviar a pobreza, outro que garanta emprego ou empregabilidade para a mulher e outro que garanta creche para que essa mãe
possa aproveitar as oportunidades de emprego", disse.
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