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São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2003

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PAINEL

Segundo tempo
Derrotados na reforma tributária, os governadores do Nordeste vão se reunir na sexta, em João Pessoa (PB), a fim de encontrar novas fórmulas para aumentar os repasses federais para a região. Uma das idéias é reivindicar o aumento do valor dos repasses do SUS e do Fundef.

Lei das compensações
Os governadores nordestinos pretendem cobrar também a ampliação do limite de endividamento dos Estados e a liberação de recursos congelados.

Operação resgate
João Paulo (Câmara) promoveria ontem um jantar em homenagem a Marina Silva (Meio Ambiente), reunindo parlamentares e ministros do partido de Lula. A intenção é reanimá-la. O PT, no íntimo, teme a repercussão externa de um eventual pedido de demissão da ministra.

Revolta no reduto
O Sindicato dos Comerciários da Bahia espalhou outdoors pelo Estado com críticas a Jaques Wagner (Trabalho) pelo fato de o ministro não ter proibido a abertura do comércio aos domingos. O sindicato é uma das principais bases do petista.

Erro de informação
O Painel errou ao informar que Lula dispensou o aparelho de tradução simultânea durante discurso de James Wolfensohn, presidente do Banco Mundial, no lançamento do Bolsa Família, anteontem. O recurso foi utilizado, sim, pelo presidente.

Contra a expulsão
O PT de Maceió aprovou moção contrária à expulsão de Heloísa Helena (AL). O texto pede democracia interna e defende o direito de a senadora disputar as prévias para a prefeitura. "Não às expulsões. Heloísa é PT!"

Para confundir
O PMDB-SP aprovou moção segundo a qual a sigla tem três opções na sucessão municipal: lançar Quércia ou Michel Temer a prefeito ou apoiar Marta.

Problema internacional
O tráfico de seres humanos será tema de debate em seminário em Mônaco, hoje. O crime é considerado o terceiro mais rentável no cenário internacional (atrás do tráfico de drogas e o de armas). Mulheres e crianças são as maiores vítimas.

Guerra de marcas
SP não vai aderir, ao menos por ora, ao Bolsa Família, lançado por Lula anteontem. Geraldo Alckmin quer manter em 2004, ano eleitoral, seu próprio programa, o Renda Cidadã, e evitar que o PT fature politicamente com a junção dos benefícios sob a logomarca do governo federal.

Registro histórico
Brizola definiu qual será o mote de seu partido na campanha de 2004: "O PDT nunca muda de lado. Está sempre ao lado do trabalhador", referindo-se ao PT. Em tempo: em 89, antes de aderir ao impeachment de Collor, o cacique declarou-se contrário à CPI do esquema PC.

Plano de vôo
O PPS colocou em seu site na internet um quadro com pré-candidatos do partido em 2004. Para Fortaleza (CE) são citados os nomes da senadora Patrícia Gomes e de seu ex-marido, o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional), cada vez mais distante da cúpula da legenda.

Sonho meu
Em São Paulo, os prefeituráveis do PPS seriam João Herrmann, Romeu Tuma Jr. e Arnaldo Jardim. Segundo o site do partido, um deles poderia encabeçar chapa apoiada pelo PSDB.

Visita à Folha
Horácio Lafer Piva, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Cláudio Vaz, diretor regional do Sesi/SP e candidato a presidente da Fiesp.
 
Ney Figueiredo, diretor do Cepac Pesquisa & Comunicação, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do senador João Capiberibe (PSB), sobre Marina Silva (Meio Ambiente) e os transgênicos:
-Marina foi completamente desautorizada pelo governo Lula. Chico Mendes deve estar se revirando no túmulo.

CONTRAPONTO

Companheiros empresários

Antes de ser votada pela Câmara semanas atrás, a reforma tributária foi tema de um debate entre o então relator Virgílio Guimarães (PT-MG) e um grupo de 20 empresários.
João Paulo (PT-SP), presidente da Casa, abriu a reunião dizendo que o texto não trará aumento da carga tributária, principal preocupação dos presentes. Guimarães procurou animá-los afirmando que seu relatório ainda não era o definitivo:
-Temos condições de melhorar ainda mais essa reforma.
Esquecendo-se de que estava entre empresários, o relator soltou um grito de guerra petista:
-A luta continua, companheiros!
Reticentes no início, os empresários acabaram aplaudindo. Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do grupo Gerdau, não se conteve. Empolgado, respondeu ao melhor estilo petista:
-É isso aí, companheiro!


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