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São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2003

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Suplicy evita novo atrito entre Nordeste e São Paulo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) não conseguiu dissuadir o colega Almeida Lima (PDT-SE) de apresentar o pedido de vistas que adiou a votação de um empréstimo do BNDES à Prefeitura de São Paulo, mas evitou um novo mal-estar nas relações entre a capital paulista e o Nordeste.
Diante do fato de não ter havido a votação, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, sugeriu que Suplicy pedisse vista de um processo beneficiando a Bahia, que seria votado a seguir na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado. Seria uma forma de revidar. "Não ajo dessa maneira", respondeu Suplicy.
Foi para não ameaçar a aprovação do empréstimo à Bahia que o PFL desistiu de apresentar o pedido de vistas à operação para São Paulo, como havia anunciado.
Suplicy foi o principal aliado da prefeita Marta Suplicy na CAE. Como o senador Almeida Lima alegou a ausência de documentos do processo, Suplicy correu em busca deles. Entregou os papéis ao colega, a quem pediu que tivesse "boa vontade".
"Agradeço a gentileza, mas não tenho a capacidade dos iluminados do governo [para examinar os papéis com rapidez]. Não terei boa vontade com São Paulo enquanto não tiverem com o Nordeste", respondeu Lima.
Suplicy já havia atuado para tentar amenizar a revolta de senadores nordestinos por Marta, sua ex-mulher, ter atribuído o adiamento anterior da votação da operação a uma manifestação do Nordeste contra São Paulo.


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