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São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2003

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PLANALTO

Atuação do presidente também teve queda na avaliação

Governo federal registra o seu pior desempenho, informa pesquisa

RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora continue com índices altos de aprovação, o governo Luiz Inácio Lula da Silva atingiu neste mês o seu pior nível de avaliação popular, de acordo com pesquisa encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) ao instituto Sensus.
Segundo os dados divulgados ontem, a avaliação positiva do governo (ótimo ou bom) é de 41,6%, quase sete pontos percentuais a menos do verificado em agosto -48,3%. Em janeiro, a aprovação medida era de 56,6%. A avaliação negativa (ruim ou péssimo) oscilou de 10% (agosto) para 12,3%, e a regular foi de 38,6% para 42,3%.
O desempenho pessoal do presidente Lula continua com avaliação bem superior à do seu governo, mas também atingiu o pior índice entre os sete levantamentos feitos pelo Sensus desde janeiro.
Aprovaram seu desempenho 70,6% dos entrevistados, contra 76,7% em agosto. Os que o desaprovaram somaram 20,8% neste mês. Em agosto eram 16,2%. No primeiro mês de mandato, Lula tinha 83,6% de aprovação.
A pesquisa foi feita entre os dias 15 e 17 e ouviu 2.000 pessoas em 195 municípios de 24 Estados. A margem de erro é de três pontos, para baixo ou para cima.
De acordo com o presidente da CNT, Clésio Andrade (PL), vice-governador de Minas Gerais, "a primeira queda brusca de avaliação" do governo Lula teria decorrido devido às dificuldades na aprovação das reformas e ao noticiário referente à viagem da ministra Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social) à Argentina com recursos públicos.
Foi pesquisado ainda o desempenho da equipe de Lula. A aprovação caiu de 47,9% em agosto para 40,7%. A avaliação negativa oscilou de 10,3% para 11,3%.
Sobre o Fome Zero, 36,9% acreditam no programa, e 19,5%, não crêem. Sobre a reforma tributária, 61% disseram desconhecê-la.


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