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SÃO PAULO
Em período eleitoral, cidades em que o PSDB do governador paulista disputa o segundo turno, como a capital, terão a atividade
Gestão Alckmin anuncia 'maior mutirão da saúde'
CHICO DE GOIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ontem, a dez dias da eleição, a
gestão Geraldo Alckmin (PSDB)
anunciou para amanhã no Estado
"o maior mutirão de saúde da história". No total, 40 hospitais (29
na Grande São Paulo e na capital e
11 no interior) e mil médicos estarão na iniciativa, durante todo o
dia, em várias especialidades.
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, tem
enfatizado em sua campanha eleitoral no rádio e na televisão que,
caso seja eleito, fará mutirões da
saúde em toda a cidade.
Em seu programa de governo,
disponível na internet, o candidato tucano afirma que vai "promover mutirões de consultas e exames para reduzir rapidamente as
filas e o tempo de espera". Para isso, o tucano pretende "fazer parcerias com ONGs, com hospitais-escola e com o governo do Estado". Nas inserções de TV, Serra
tem enfatizado que, quando ministro, fez o mutirão da catarata.
A ação da Secretaria da Saúde
de São Paulo acontecerá em todo
o Estado. O PSDB disputa o segundo turno em importantes cidades, como Bauru, Osasco, Diadema, Santo André, Piracicaba e
Ribeirão Preto, além da capital.
Desses locais, só não haverá a atividade em Piracicaba, onde o candidato tucano é Barjas Negri, ex-secretário estadual da Habitação e
ex-ministro da Saúde. Ele lidera
com folga, segundo o Ibope.
Estão programados dois tipos
de mutirões: abertos à população
e fechados, "para diminuir ou zerar as filas de espera", como
anuncia a assessoria de imprensa.
No primeiro caso, respeitado o
local onde a especialidade será
tratada, qualquer morador poderá fazer consultas ambulatoriais,
exames de câncer de próstata, catarata, pré-natal e mamografia.
No mutirão fechado, serão atendidos pacientes que estão na fila
de espera para fazer cirurgias de
hérnia, varizes, nas mãos e até vasectomia e laqueaduras.
O secretário estadual da Saúde,
Luiz Roberto Barradas Barata,
disse, por meio de nota distribuída à imprensa, que "São Paulo
mais uma vez sai na frente. Em todas as regiões do Estado haverá
um mutirão, com o objetivo de
acabar com filas ou atender o máximo possível de pessoas".
A presidente do sindicato dos
servidores estaduais da área, Célia
Regina Costa, classificou de "eleitoreira" a medida. "Este mutirão
poderia ter sido feito há bastante
tempo, e não neste momento. Do
jeito que está, não passa de um
programa eleitoral para ajudar os
candidatos do PSDB no Estado,
inclusive na capital", criticou.
A Folha tentou falar com o secretário da Saúde, mas a assessoria de imprensa informou que ele
não falaria sobre suposta conotação eleitoral da atividade.
De acordo com a assessoria, os
hospitais promovem mutirões
habitualmente, durante todo o
ano. Porém, a assessoria afirmou
que o de amanhã é o maior já realizado e que "pela primeira vez
haverá uma ação conjunta".
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