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PORTO ALEGRE
Cidade que teve projetos do PT implantados, parece ceder à frente de oposição a Lula
Após 16 anos no comando, PT pode perder vitrine para o PPS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A eleição para a Prefeitura de Porto Alegre, cidade onde se originaram o orçamento participativo e o Fórum Social Mundial, tem uma forte importância simbólica e estratégica para o PT e, também, para quem é contra o PT.
Tanto o orçamento participativo quanto o fórum -contraponto ao Fórum Econômico Mundial- levaram o jornal francês "Le Monde" a definir a capital gaúcha como "a meca da esquerda latino-americana".
Após 16 anos de administração petista, a oposição nunca esteve tão próxima de conquistar a prefeitura da cidade, o que, se ocorrer, será uma derrota importante para o PT e para o governo Lula.
Nesse duelo, estão o ex-senador José Fogaça (PPS), 57, pela oposição, e o ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont (PT), 60. Segundo as pesquisas divulgadas, Fogaça tem em torno de dez pontos percentuais de vantagem sobre Pont.
Fogaça tem a oportunidade de romper a hegemonia petista. O candidato do PPS diz que sua eventual eleição serviria para acabar com a polarização entre PT e PSDB na política nacional.
Se Pont for eleito, o PT completará 20 anos à frente da prefeitura da capital gaúcha. A presença do partido na cidade é tão marcante que Fogaça faz questão de afirmar que pretende manter o orçamento participativo.
Fogaça conseguiu reunir o apoio de quase todos os derrotados na primeira etapa da eleição, numa frente anti-PT. Apenas o PSB manifestou apoio a Pont.
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