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CRISE DO DOSSIÊ
Dinheiro foi sacado por laranjas, conclui PF
Operações ocorreram em casas de câmbio, segundo investigação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ (MT)
ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ
Embora informe que "as investigações sobre a origem dos
dólares -usados na compra do
dossiê contra tucanos- estão
em fase final", a PF (Polícia Federal) concluiu que os sacadores do dinheiro usaram nomes
de laranjas para pegar o dinheiro em casas de câmbio.
Para o Ministério Público
Federal, isso dificultará a identificação de quem sacou os US$
248,8 mil apreendidos pela PF.
Além dos dólares, a PF
apreendeu R$ 1,168 milhão
com o advogado Gedimar Pereira Passos, emissário do PT, e
o empresário Valdebran Padilha, enviado ao hotel pelo chefe
da máfia dos sanguessugas,
Luiz Antônio Vedoin.
Desde a apreensão do dinheiro, a PF rastreia os dólares que
entraram no Brasil legalmente
por meio do banco Sofisa em
São Paulo. De lá, o dinheiro
passou a casas de câmbio e foi
sacado por pessoas que não fizeram a operação (laranjas).
Com relação aos reais, a PF
aponta indícios de que parte do
dinheiro tenha vindo de bancas
fluminenses do jogo do bicho.
A PF pedirá quebras de sigilos telefônicos à Justiça Federal em Cuiabá para descobrir
para quem os emissários do PT
ligaram no período em que negociavam o dossiê. Estava previsto que ontem o juiz federal
Jeferson Schneider devolvesse
o inquérito à PF dando prazo,
de no mínimo 30 dias, para
conclusão das investigações.
Na sexta, o delegado Diógenes
Curado Filho enviou o inquérito ao juiz e pediu mais tempo.
(HUDSON CORRÊA E LEONARDO SOUZA)
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