São Paulo, domingo, 22 de outubro de 2006

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CRISE DO DOSSIÊ

Dinheiro foi sacado por laranjas, conclui PF

Operações ocorreram em casas de câmbio, segundo investigação

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ (MT)
ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ

Embora informe que "as investigações sobre a origem dos dólares -usados na compra do dossiê contra tucanos- estão em fase final", a PF (Polícia Federal) concluiu que os sacadores do dinheiro usaram nomes de laranjas para pegar o dinheiro em casas de câmbio.
Para o Ministério Público Federal, isso dificultará a identificação de quem sacou os US$ 248,8 mil apreendidos pela PF.
Além dos dólares, a PF apreendeu R$ 1,168 milhão com o advogado Gedimar Pereira Passos, emissário do PT, e o empresário Valdebran Padilha, enviado ao hotel pelo chefe da máfia dos sanguessugas, Luiz Antônio Vedoin.
Desde a apreensão do dinheiro, a PF rastreia os dólares que entraram no Brasil legalmente por meio do banco Sofisa em São Paulo. De lá, o dinheiro passou a casas de câmbio e foi sacado por pessoas que não fizeram a operação (laranjas).
Com relação aos reais, a PF aponta indícios de que parte do dinheiro tenha vindo de bancas fluminenses do jogo do bicho.
A PF pedirá quebras de sigilos telefônicos à Justiça Federal em Cuiabá para descobrir para quem os emissários do PT ligaram no período em que negociavam o dossiê. Estava previsto que ontem o juiz federal Jeferson Schneider devolvesse o inquérito à PF dando prazo, de no mínimo 30 dias, para conclusão das investigações. Na sexta, o delegado Diógenes Curado Filho enviou o inquérito ao juiz e pediu mais tempo. (HUDSON CORRÊA E LEONARDO SOUZA)

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