São Paulo, segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

saiba mais

Vaticano proibiu Küng de dar aulas

DO ENVIADO ESPECIAL A SÃO LEOPOLDO (RS)

Hans Küng, 79, se apresenta e logo fala que não deixará de responder a nenhuma pergunta sobre Bento 16, mas que não gostaria de conversar apenas sobre ele. Diz que não é o antipapa. Poucos podem começar uma entrevista com essas credenciais.
Suas críticas à igreja o transformaram mentor dos (intelectuais) católicos liberais, que discordam do Vaticano em relação à moral sexual ou apóiam a teologia da libertação, que vê a igreja a serviço da mudança social.
Durante o pontificado de João Paulo 2º (1978-2005), virou o principal antagonista público daquele com quem um dia formara uma dupla de teólogos chamada de brilhante e de vanguarda no Concílio Vaticano 2º (1962-1965), que renovou a Igreja Católica: Joseph Ratzinger, então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, hoje Bento 16.
Nascido na Suíça, Küng estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, e na Sorbonne, em Paris. Foi proibido pelo Vaticano de ensinar teologia católica na Universidade de Tübingen (Alemanha, onde vive até hoje), em 1979, por questionar o dogma da infalibilidade papal. A universidade reagiu e criou uma cátedra ecumênica para ele.
A relação entre Küng e o Vaticano permaneceu tensa até 2005, quando ele se encontrou com Bento 16.


Texto Anterior: Entrevista da 2ª/Hans Küng - Teólogo: A Igreja deve tornar a vida das pessoas mais fácil
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.