São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2008

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Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Para ver e ser vista

A agenda de Dilma Rousseff já soma 22 viagens para participar de campanhas do PT e aliados -seis delas ao Rio Grande do Sul, berço político da ministra da Casa Civil. Ela foi a praças onde não tem um voto, como São Paulo, e a outras nas quais a derrota dos candidatos governistas era líquida e certa, como Curitiba, Blumenau, Natal e Mossoró. Tal variedade mostra que, muito mais do que influenciar no voto em 2008, o objetivo é tornar Dilma conhecida para 2010.
Enquanto a ministra viaja, o PT prepara um discurso para compensar as prováveis derrotas em São Paulo e Porto Alegre (com Salvador na zona de perigo). O partido tentará destacar a vitória que espera colher em cerca de dez cidades das 15 em que ainda disputa.



Binômio. Na reta final da acirrada disputa no Rio, a campanha de rua se concentra em duas frentes: panfletagem de Eduardo Paes (PMDB) em igrejas evangélicas e cabos eleitorais sacudindo bandeiras -tanto dele quanto de Fernando Gabeira (PV)- na zona oeste.

Professor. Convocado pelo prefeito Fernando Pimentel (PT), Duda Mendonça recebeu missão especial: treinar Marcio Lacerda (PSB) para os debates finais. No primeiro turno, ele faltou à maioria. Quando foi, seu desempenho pífio deu início à escalada de Leonardo Quintão (PMDB).

Vale tudo. No último esforço pelo voto, Quintão passou a prometer que os fiscais de trânsito terão "mais paciência" na hora de aplicar multas. "Vão conversar mais com aquela pessoa que parou mais ou menos o carro", diz.

Na conta. O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), que tenta a reeleição, e o governador Jaques Wagner (PT), que apóia Walter Pinheiro (PT), anteciparam o depósito do salário do funcionalismo para sexta, a dois dias da eleição. Wagner diz que é homenagem ao Dia do Servidor, na terça, 28.

Diga que fico. Diante da especulação de que poderá estar com a oposição em 2010, o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) afirma que trabalhará pela manutenção da aliança com Lula na Bahia.

Ninguém sabe... "Com esses novos equipamentos, houve uma revolução no Gate." Assim falou um sargento da equipe tática em 2003, quando foi entregue à tropa de elite da polícia paulista o Kit de Negociação, para ser usado em ocorrências envolvendo reféns. Dele faz parte a microcâmera de fibra ótica que permite obter imagens internas do cativeiro.

...ninguém viu. Do sargento, explicando em entrevista feita à época a utilidade da microcâmera: "Tudo é gravado para a equipe: se o criminoso está exaltado, o tipo de roupa e até de armamento usado". Não há notícia de que o equipamento tenha sido utilizado na operação para resgatar as jovens Eloá e Nayara do cativeiro em Santo André.

Mal parado. Trecho de mensagem da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de São Paulo, elaborada após reunião com o comandante-geral, coronel Roberto Antonio Diniz, em 8 de outubro: "Trata-se de falácia do governo que a segurança pública é uma de suas prioridades".

Visitas à Folha. Beto Richa (PSDB), prefeito reeleito de Curitiba, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Deonilson Roldo, secretário municipal de Comunicação, e de Nelson Biondi, publicitário da campanha.

Hermes Ferreira Figueiredo, presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava com Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, e Carlos Battesti, assessor de comunicação.

com SILVIO NAVARRO e FÁBIO ZANINI

Tiroteio

"Lamento, mas, dadas as novas posições do Gabeira, que está com o DEM e o PSDB, ou seja, com a direita, é natural o apoio dos militares."

Do ex-deputado VLADIMIR PALMEIRA (PT), um dos presos políticos libertados na esteira do seqüestro do embaixador americano em 1969, ação da qual Gabeira fez parte, sobre a manifestação do Clube Militar a favor do hoje candidato a prefeito do Rio.

Contraponto

O príncipe e o plebeu

José Serra foi ao aniversário da produtora teatral Lulu Librandi, anteontem em São Paulo, acompanhado do pupilo Gilberto Kassab. No meio da festa, a atriz Irene Ravache, que no primeiro turno apoiou Geraldo Alckmin e agora pretende votar no prefeito, aproximou-se do governador. Apontando para um integrante da família real brasileira presente no evento, ela disse ao tucano:
-Olha lá, governador... O senhor, que adora uma monarquia...
Serra interrompeu de bom humor:
-Eu não. Quem gosta é o Fernando Henrique...


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