DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No momento em que tenta controlar um debate interno no governo sobre liberação de verbas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ontem um sinal das dificuldades que o Palácio do Planalto tem para convencer a equipe econômica sobre gastos que considera prioritários. Ao falar de saneamento básico em seu programa semanal de rádio, citou o "trabalho" do governo para liberar recursos para a área.
"Nós [governo] tínhamos [R$] 684 milhões que estavam praticamente trancados, não tinha como liberá-los. Nós liberamos esse dinheiro depois de muito trabalho junto com a Fazenda, junto com o Planejamento, junto com o Tesouro", afirmou Lula.
As discussões no governo sobre aumento ou não dos gastos têm sido travadas, principalmente, entre os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil). Apesar de incentivar as discussões internas, Lula admite que as cobranças públicas de Dilma a Palocci geraram uma crise indesejada no governo.
Ontem, no programa "Café com o Presidente", Lula falou sobre os investimentos do governo em saneamento básico por meio do Ministério das Cidades e da Fundação Nacional de Saúde.
Além de relatar os "avanços" na área, Lula também atacou seu antecessor, Fernando Henrique. "Quando tomamos posse, em 2003, tomamos a decisão de que era preciso fazer investimento em saneamento básico porque de 1999 a 2002 houve pouquíssimo investimento." (EDS e PDL)


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