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CARGA PESADA
Presidente de conselho critica imprensa e diz que nunca trabalhou tanto
Sobrecarga justifica "férias", diz Izar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia depois de definir um
"recesso branco" até o dia 9, o
Conselho de Ética da Câmara
criticou ontem a imprensa e
apresentou um relatório das atividades executadas em 2005.
Durante a sessão, alguns integrantes do conselho aproveitaram a oportunidade para criticar os veículos de comunicação
que registraram "as férias" dos
conselheiros no período de convocação extraordinária, que resultará em gastos de cerca de R$
100 milhões aos cofres públicos.
"Os editores [de jornais] fizeram uma leitura equivocada da
decisão de vossa excelência",
disse Pedro Canedo (PP-GO),
dirigindo-se a Ricardo Izar
(PTB-SP), presidente do conselho. "Amanhã [hoje] as manchetes vão ser de que o Conselho de Ética tenta justificar o injustificável", ironizou Canedo.
Em seu relatório, Izar destaca
o volume de trabalho realizado
pelo órgão no ano. "Nestes últimos seis meses de 2005, o conselho experimentou uma sobrecarga de trabalho jamais vista."
Izar justificou que o conselho
ficará fora de atividade de ontem a 9 de janeiro porque testemunhas programadas para depor durante o período se recusaram a comparecer. "E nós não
temos poder de convocação.
Podemos apenas convidar."
Além do relatório, Izar divulgou o cronograma de trabalho
para o início de 2006. Contudo,
até 16 de janeiro, não haverá votação de relatórios porque não
ocorrerão sessões no plenário,
requisito para contagem de prazos para pedido de vista e apresentação de recursos.
Desse modo, até lá Izar deseja
finalizar a instrução de, no mínimo, seis processos. Já em 10 de
janeiro deverão ser concluídos
os casos de Roberto Brant (PFL-MG) e Pedro Corrêa (PP-PE).
(ADRIANO CEOLIN)
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