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Empresa diz ter feito "investigação legítima"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No esforço para mapear os movimentos de Nelson Tanure, a
Kroll teve o auxílio de funcionários do próprio "Jornal do Brasil",
uma das publicações controladas
pelo empresário. Citando fontes
anônimas do "JB", o relatório da
multinacional diz que Tanure requisitava pessoalmente a elaboração de reportagens contra Daniel
Dantas e o Opportunity. Depois,
lia e autorizava as publicações.
"O repórter responsável por esses artigos é Gilberto Menezes
Cortes", diz o texto, "que age sob
instruções explícitas de Tanure".
Outro jornalista "especializado
em artigos anti-Opportunity é o
colunista Ricardo Boechat, que
foi admitido por Tanure em 17 de
julho de 2001, depois de ser demitido pelo "Globo" (...)".
Nos textos do "Jornal do Brasil",
diz o relatório, "Dantas é freqüentemente associado a adjetivos relacionados ao demônio". O documento cita um texto supostamente publicado em 20 de agosto de
2000, sob o título "Dantas e seu inferno na Terra". Pela contabilidade da Kroll, a esmagadora maioria dos textos que o "JB" publicou
sobre o Opportunity e Dantas entre 2002 e 2004 tinham um viés
contrário aos personagens.
Eduardo Gomide, diretor de
Serviços Financeiros do escritório
da Kroll no Brasil, disse que a empresa "não faz espionagem". Segundo ele, o teor do memorando
é fruto de "investigação legítima".
O documento contém, segundo
Gomide, "uma análise do clima
de jornais brasileiros em relação a
um assunto". Ele afirma que a
Kroll "não faz escuta telefônica".
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