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Estiagem no RS afeta 166 cidades
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
No Rio Grande do Sul, diferentemente dos Estados do Nordeste,
os prejuízos com a seca estão ligados à agricultura. Em geral, não
há desabastecimento de água para a população.
Para o pesquisador da Fepagro
(Fundação Estadual de Pesquisa
Agropecuária) gaúcha, Nídio Barni, apesar de o Estado ter uma distribuição equilibrada de chuvas,
são comuns problemas de estiagem entre dezembro e março.
A estiagem deste ano provocou
perdas nas lavouras e na criação
de gado em pelo menos 166 municípios, que decretaram situação
de emergência desde a segunda
quinzena de dezembro. O levantamento é da Defesa Civil estadual. Ainda não há estimativa oficial dos prejuízos.
Em 2004, a seca começou mais
tarde, a partir de 15 de janeiro, e se
prolongou até o mês de abril. Dos
497 municípios, 390 decretaram
situação de emergência.
Para Barni, as duas secas subseqüentes não caracterizam uma
mudança no clima do Estado. Ele
diz que a cada década, em apenas
três ou quatro anos consegue-se
boas safras de verão.
"A cada dez anos, em seis ou sete anos temos seca. Dentre eles,
em três ou quatro anos, a situação
é grave", disse o pesquisador.
"Aqui no Estado, precisamos
atacar os efeitos da estiagem para
reverter as perdas", disse. A solução apontada é a instalação de sistemas de irrigação.
Na semana passada, as chuvas
atingiram grande parte do Estado, entre elas as regiões norte e o
noroeste, as mais afetada pela seca. A chuva interrompeu as perdas e possibilitou um novo ciclo
de plantio, segundo avaliação da
Emater (Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural)
divulgada na sexta-feira.
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