São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2005

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Estiagem no RS afeta 166 cidades

SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

No Rio Grande do Sul, diferentemente dos Estados do Nordeste, os prejuízos com a seca estão ligados à agricultura. Em geral, não há desabastecimento de água para a população.
Para o pesquisador da Fepagro (Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária) gaúcha, Nídio Barni, apesar de o Estado ter uma distribuição equilibrada de chuvas, são comuns problemas de estiagem entre dezembro e março.
A estiagem deste ano provocou perdas nas lavouras e na criação de gado em pelo menos 166 municípios, que decretaram situação de emergência desde a segunda quinzena de dezembro. O levantamento é da Defesa Civil estadual. Ainda não há estimativa oficial dos prejuízos.
Em 2004, a seca começou mais tarde, a partir de 15 de janeiro, e se prolongou até o mês de abril. Dos 497 municípios, 390 decretaram situação de emergência.
Para Barni, as duas secas subseqüentes não caracterizam uma mudança no clima do Estado. Ele diz que a cada década, em apenas três ou quatro anos consegue-se boas safras de verão.
"A cada dez anos, em seis ou sete anos temos seca. Dentre eles, em três ou quatro anos, a situação é grave", disse o pesquisador.
"Aqui no Estado, precisamos atacar os efeitos da estiagem para reverter as perdas", disse. A solução apontada é a instalação de sistemas de irrigação.
Na semana passada, as chuvas atingiram grande parte do Estado, entre elas as regiões norte e o noroeste, as mais afetada pela seca. A chuva interrompeu as perdas e possibilitou um novo ciclo de plantio, segundo avaliação da Emater (Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural) divulgada na sexta-feira.


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