São Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2005

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IMPROVISO

Situação é crítica desde a temporada de chuvas do ano passado

Morador depende de carro-pipa

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PICOS (PI)

A população de regiões do Nordeste visitadas pela Folha continua sentindo os estragos causados pelas fortes chuvas de janeiro do ano passado, quando as águas não puderam ser represadas porque muitos reservatórios arrebentaram.
Em Curral Novo do Piauí (466 km de Teresina), os vizinhos da aposentada Cinobilina Nascimento, 63, haviam planejado fazer um churrasco quando a barragem principal da cidade atingisse a capacidade total. Quando isso ocorreu, no entanto, não houve o que comemorar.
"Choveu tanto em janeiro [de 2004] que encheu e a água foi embora levando tudo. Dava para dois invernos", diz a aposentada.
Na casa do agricultor Aleixo Félix do Nascimento, 51, os dois canos e a calha que abasteciam parte da cisterna de água pluvial ficaram danificados por causa das fortes chuvas.
Enquanto os recursos não chegam, a população de mais de 4.000 habitantes espera a chuva e fica dependendo da água de carros-pipa para beber e cozinhar.
No município de Isaías Coelho (395 km de Teresina), a destruição da barragem Caraíbas, uma das maiores do local, além de provocar o desperdício de água, também afetou moradores que dependiam da água para ganhar dinheiro com a lavagem de roupa. (LB)


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