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IMPROVISO
Situação é crítica desde a temporada de chuvas do ano passado
Morador depende de carro-pipa
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PICOS (PI)
A população de regiões do
Nordeste visitadas pela Folha
continua sentindo os estragos
causados pelas fortes chuvas de
janeiro do ano passado, quando as águas não puderam ser
represadas porque muitos reservatórios arrebentaram.
Em Curral Novo do Piauí
(466 km de Teresina), os vizinhos da aposentada Cinobilina
Nascimento, 63, haviam planejado fazer um churrasco quando a barragem principal da cidade atingisse a capacidade total. Quando isso ocorreu, no
entanto, não houve o que comemorar.
"Choveu tanto em janeiro [de
2004] que encheu e a água foi
embora levando tudo. Dava
para dois invernos", diz a aposentada.
Na casa do agricultor Aleixo
Félix do Nascimento, 51, os
dois canos e a calha que abasteciam parte da cisterna de água
pluvial ficaram danificados por
causa das fortes chuvas.
Enquanto os recursos não
chegam, a população de mais
de 4.000 habitantes espera a
chuva e fica dependendo da
água de carros-pipa para beber
e cozinhar.
No município de Isaías Coelho (395 km de Teresina), a
destruição da barragem Caraíbas, uma das maiores do local,
além de provocar o desperdício
de água, também afetou moradores que dependiam da água
para ganhar dinheiro com a lavagem de roupa.
(LB)
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