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FÓRUM SOCIAL
Para organizadores, evento não aconteceria sem apoio do governo; Chávez fará duas participações
Organização diz que fórum não é chavista
RAFAEL CARIELLO
ENVIADO ESPECIAL A CARACAS
O presidente Hugo Chávez, da
Venezuela, participará de dois
eventos do Fórum Social Mundial
em seu "capítulo" americano, que
acontece de amanhã até domingo
em Caracas. A participação de
Chávez foi anunciada ontem pela
organização do evento.
Ao responder aos questionamentos da imprensa sobre a presença de Chávez no encontro, um
de seus organizadores locais, Edgardo Lander, professor da Universidade Central da Venezuela,
afirmou que, "sem o apoio organizativo e financeiro do governo
venezuelano, a realização do fórum não teria sido possível".
Para Lander, esse apoio é semelhante ao que as administrações
municipais do PT em Porto Alegre deram ao fórum em suas edições naquela cidade e ao apoio
também concedido ao encontro
pelo governo Lula.
Ainda segundo o organizador, o
Conselho Hemisférico do fórum,
responsável no continente pelo
encontro, concordou com a ajuda
governamental desde que garantida a autonomia do evento.
"Uma das razões pelas quais o
Conselho Hemisférico concordou
que o fórum fosse aqui tem a ver
com o processo político venezuelano", ele disse. "Mas o fato de haver uma empatia básica [entre o
governo Chávez e as organizações
sociais do encontro] não significa
que o fórum seja chavista."
O 6º Fórum Social Mundial começa amanhã com uma passeata
"contra a guerra e contra o império", que contará com a presença
de representantes de Afeganistão,
Iraque, Palestina, Colômbia.
A primeira participação de Chávez se dará na próxima sexta-feira, em um ginásio desportivo da
cidade com capacidade para 18
mil pessoas. A segunda, em que
Chávez debaterá com movimentos sociais, será no domingo, num
teatro para 2.600 pessoas.
Folhetos do PT
Chamado de "senador da direita fascista" no folheto que o PT irá
distribuir no fórum em Caracas, o
presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), afirmou ontem
que o PT não tem "credibilidade"
para criticar a oposição. O texto
afirmou que "um senador da direita fascista (...) disse que era preciso "acabar com esta raça", ou seja, acabar com a raça dos pobres,
dos trabalhadores, da esquerda".
O senador refutou o documento. "O PT está completamente
perdido nas idéias e atolado na lama da corrupção. Tudo o que o
PT vier a afirmar peca pelo princípio da credibilidade."
Colaborou a Redação
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