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Chinaglia e Aldo prometem aumento sem definir valor
Em carta enviada a colegas, petista fala em resolver questão de reajuste "de imediato'
Comunista diz que quer
alcançar isonomia "ao longo
do tempo'; Fruet enviará sua
carta nos próximos dias
prometendo repor inflação
LETÍCIA SANDER
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A menos de dez dias da eleição para a presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP)
enviaram "cartas de intenções"
aos deputados em que mencionam o reajuste do salários dos
deputados, mas não se comprometem com valores.
Chinaglia promete resolver a
questão "de imediato" e Aldo
quer estabelecer um teto "ao
longo do tempo" para chegar à
isonomia na remuneração dos
servidores dos Três Poderes.
Na semana passada, Aldo havia
dito que a "razoabilidade"
apontava para a correção da inflação -na prática, R$ 16,5 mil.
No ano passado, a Câmara,
presidida por Aldo, tentou, por
meio de acordo dos líderes,
igualar o salário dos deputados
ao dos ministros do Supremo
Tribunal Federal -R$ 24,5 mil,
um aumento de 91%. O STF
derrubou a mudança, dizendo
que ela precisava ser votada no
plenário. Os deputados decidiram adiar a decisão para a legislatura que inicia em fevereiro.
Compromissos
O principal ponto da carta de
Chinaglia é o compromisso em
resgatar a "imagem desgastada", "o prestígio e a autoridade"
da Casa. Além disso, ele fala em
"garantir espaço político de todos sem distinção".
Diz ainda que a "necessidade
de espaço físico construída para a atividade parlamentar será
equacionada nos próximos dois
anos", acenando para outra demanda dos parlamentares.
Aldo cita seis pontos como
prioritários: agenda comum
pelo desenvolvimento, reforma
tributária, Orçamento impositivo, mudanças das medidas
provisórias, subsídios dos deputados e remuneração dos
servidores e a reforma política.
As cartas mostram visões
distintas sobre a última legislatura. Chinaglia diz que ela foi
marcada "por episódios de tensão e sofrimento", apesar da
aprovação do Fundeb (fundo
do ensino básico) e da Lei Geral
das Microempresas.
Já Aldo escreve: "Tivemos a
demonstração da força e da coragem do Parlamento para mudar a sua própria história". Ele
citou a racionalização dos gastos da Casa, a diminuição de
cargos de confiança e a redução
do recesso parlamentar.
Gustavo Fruet (PSDB-PR)
enviará sua carta nesta semana.
Com o título "Olho no olho do
eleitor", ele promete discutir "a
Câmara que o Brasil quer".
Segundo o deputado, no texto, ele promete se empenhar
para recuperar a imagem da
Câmara e defenderá a autonomia do legislativo. Vai defender
o aumento para R$ 16,5 mil dos
salários, além de um debate sobre os gastos com a estrutura
da Casa e a rediscussão das
emendas parlamentares.
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