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Painel
VERA MAGALHÃES (interina) - painel@uol.com.br
PAC eleitoral
Ministros de áreas estratégicas foram orientados a
entregar ao Planalto até o fim da semana que vem um
mapa dos canteiros de obras do PAC a fim de que Lula
possa visitá-los neste ano de eleições municipais.
O roteiro das viagens presidenciais até julho, quando a campanha começa oficialmente, sairá de indicações das pastas de Transportes, Minas e Energia, Integração Nacional e Cidades. Esta última já tem parte
das sugestões fechada pelo titular Márcio Fortes. O
ministro quer deixar prontas obras de saneamento
em Nova Iguaçu, cidade fluminense administrada pelo PT, e de reurbanização de favelas em Duque de Caxias, comandada pelo PMDB do aliado Sérgio Cabral.
Supervisão. O roteiro de
viagens do presidente terá o
dedo de Dilma Rousseff. "A
agenda vai depender da cor do
selinho do PAC: amarelo, verde...", diz um auxiliar direto
de Lula, citando as marcas
criadas pela equipe da ministra da Casa Civil para diferenciar os estágios das obras.
Chamada oral. Dilma
surpreendeu todos ao cobrar
inesperadamente "detalhes"
dos colegas da Esplanada no
balanço do PAC ontem. A
maioria sequer tinha recebido
cópia da cartilha do programa. "Pode falar aí, Geddel?",
"não é mesmo, Pedro Brito?",
desafiava a ministra.
Ponto. A crise americana
monopolizou a atenção dos
ministros na apresentação de
ontem a ponto de Dilma, Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento)
manterem um staff de assessores monitorando índices
econômicos, movimentação
da Bolsa e notícias da economia pelo mundo. Recebiam
informes a cada 20 minutos.
Me engana. Quando Dilma afirmou estar cansada de
responder sobre a possibilidade de concorrer à Presidência
da República em 2010, dois
ministros de partidos da base
do governo comentavam, baixinho, que aquilo deveria ser
lido exatamente ao contrário.
Aplicado. O recém-empossado ministro Edison Lobão
(Minas e Energia) chegou cedo, sentou-se na primeira fila
e só foi embora quando a última pergunta foi respondida.
Negativo. Titular das Relações Institucionais, José Múcio abrirá a reunião ministerial hoje com balanço da relação do governo com o Congresso em 2007, ano da queda
da CPMF. Será o mote para
Lula pedir mais empenho na
construção da coalizão.
Bênção. Nome de José Sarney para a presidência da Eletrobrás, Evandro Coura foi de
jatinho ao Rio Grande do Norte no domingo para um encontro reservado com Garibaldi Alves. Pelo combinado
entre os peemedebistas, o
presidente do Senado será o
padrinho oficial da indicação.
Acompanhado. Arlindo
Chinagia (PT-SP) incluiu na
agenda do seu tour pelo mundo, que começa hoje, um encontro com John Sweeney,
presidente da AFL-CIO, a
maior central sindical americana. O presidente da Câmara
levará consigo o líder do PT,
Luiz Sérgio, (RJ) nas passagens por EUA e Japão.
Histórico. Quem assina as
inserções partidárias do DEM
que irão ao ar na TV entre hoje e sexta-feira é o marqueteiro José Maria Braga, que fez a
campanha de Paulo Maluf
(PP) em 2000, quando ele foi
derrotado por Marta Suplicy
(PT). Todas as propagandas
terão como protagonista o
prefeito Gilberto Kassab, que
tenta viabilizar sua reeleição.
Espelho. Kassab chegou de
táxi a jantar com colegas do
DEM anteontem em São Paulo. "Estou aderindo ao Geraldo Alckmin", disse o prefeito,
que acrescentou estar se referindo à utilização de transporte pago do próprio bolso
em caso de evento partidário.
O tucano fazia o mesmo na
eleição presidencial de 2006.
Tiroteio
"O poder econômico das empresas aéreas
é tão grande que intimida até certos
ministros que costumavam falar grosso."
Do deputado IVAN VALENTE (PSOL-SP) sobre a volta das escalas em
Congonhas. Em agosto de 2007, um mês após o acidente com o avião
da TAM, o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse que o aeroporto não
voltaria a ser "em hipótese nenhuma" ponto de distribuição de vôos.
Contraponto
Sabotagem
Com Dilma Rousseff cronometrando suas falas, Guido
Mantega e Paulo Bernardo se esforçavam ontem para enxugar as intervenções no balanço do PAC, no Planalto.
Mas o projetor pifou com o ministro da Fazenda:
-Serei breve, assim que os slides funcionarem!
O problema se repetiu com o titular do Planejamento.
-A Dilma deu dez minutos, mas vocês são testemunhas
de que meu tempo está comprometido-, disse Bernardo.
Ao ver a expressão de "se vira" da chefe da Casa Civil, o
ministro do Planejamento, bem-humorado, cutucou:
-Olha, então é bom que todos saibam que é o assessor
dela que está controlando esse aparelho!
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