São Paulo, quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em reunião, Lula vai cobrar de ministros mais apoio ao governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na primeira reunião ministerial de 2008, marcada para hoje, o presidente Lula fará um apelo para um maior envolvimento de sua equipe na sustentação política do governo. Lula quer que seus ministros façam mais política, e que o peso da articulação com o Congresso não recaia somente sobre ele e o titular da pasta das Relações Institucionais, José Múcio.
A preocupação de Lula, de acordo com assessores, é garantir nos próximos três anos uma base parlamentar mais sólida, principalmente depois dos percalços do final de 2007, com a derrota na votação da CPMF.
Ele também deve pedir cautela devido às eleições municipais e orientar os subordinados para que não acirrem disputas.
O foco do debate na política é tamanho que o Planalto chegou a convidar o cientista político e membro do Conselho Curador da TV pública Wanderley Guilherme dos Santos para fazer uma "análise política". A presença do convidado não se confirmou -o Planalto alegou problemas de saúde.
Lula também deverá dar um recado aos seus ministros -todo mundo terá de ser sacrificado um pouco nos cortes para que o governo consiga reduzir R$ 20 bilhões no orçamento e compensar a perda da CPMF.
Outro assunto que pode ser tratado, segundo afirmou o próprio ministro José Gomes Temporão (Saúde), é a idéia de recriar a CPMF com alíquota de 0,20%. O governo não assume a paternidade da idéia e diz que isso é intenção dos deputados da base. Outro tema que deve dominar o debate é a atual crise financeira. Guido Mantega (Fazenda) falará sobre possíveis impactos.
(LETÍCIA SANDER)


Texto Anterior: Em Brasília: Após alta, José Alencar deve participar de reunião ministerial
Próximo Texto: Dilma diz que cansou de negar candidatura
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.