DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Nome forte do PT para disputar a Presidência em 2010, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) procurou ser contundente ontem, ao final da apresentação do primeiro aniversário do Programa de Aceleração do Crescimento, ao negar ter esse desejo.
Questionada sobre como se sente ao ser citada na lista de pré-candidatos à sucessão do presidente Lula, ela afirmou: "Reajo com profundo cansaço".
"Cansei de dizer que não sou candidata. E acho que, ao invés de me credenciar, isto prejudica o PAC", disse. O presidente não apareceu na apresentação.
Desde o lançamento do PAC, o nome da ministra passou a figurar na lista dos potenciais candidatos à Presidência pelo PT. Ela poderia se transformar num nome forte para a sucessão na hipótese de o PAC deslanchar e garantir taxas de crescimento na casa dos 5% ao ano.
Recentemente, Dilma teve sua fama de boa gerente colocada em xeque depois que começaram a circular informações sobre o risco de um racionamento de energia no país. Ex-ministra de Minas e Energia, ela ainda mantém forte influência na pasta e é de sua autoria a política desenhada no governo para o setor elétrico.
Lula tem procurado prestigiar Dilma em eventos positivos, como no anúncio pela Petrobras da descoberta do supercampo de petróleo e no lançamento da TV digital. Esse comportamento do presidente é classificado por assessores como um sinal de que a ministra é um dos nomes preferidos para disputar sua sucessão.


Texto Anterior: Em reunião, Lula vai cobrar de ministros mais apoio ao governo
Próximo Texto: Sanguessugas: Justiça Federal abre ação contra ex-deputada
Índice