São Paulo, quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

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Alckmin se reúne com FHC, que volta a defender aliança com DEM

CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-governador Geraldo Alckmin se reuniu ontem com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na conversa, reafirmou a defesa de lançamento de candidatura do PSDB à Prefeitura de São Paulo.
FHC, por sua vez, pregou a manutenção da aliança com o DEM na cidade. O ex-presidente recomendou que todos os esforços sejam feitos no sentido de preservá-la, mas não teria defendido abertamente a candidatura à reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Segundo tucanos, a conversa não foi conclusiva. Hoje, Alckmin se reunirá com o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen. A articulação suspendeu a ofensiva dos democratas.
Um dia depois de o governador José Serra participar de jantar com a cúpula do partido, Kassab interveio ontem para impedir que os democratas registrassem em nota um ultimato ao PSDB. Na noite de segunda-feira, o comando do partido decidiu divulgar um documento no qual ameaçaria compor até com aliados do governo Lula nas eleições.
"Nossa prioridade é a oposição, mas não vetaremos nenhum tipo de aliança", dizia o texto preliminar.
Kassab alegou, no entanto, que, por ser presidente do conselho, poderia ser acusado de ter convocado uma reunião para pressionar o PSDB.
Além disso, a avaliação foi que não seria prudente avançar na véspera do encontro entre Bornhausen e Alckmin. A conversa foi acertada na segunda-feira, quando Bornhausen almoçou com o presidente municipal do PSDB, José Henrique Lobo. Bornhausen também se reuniu com FHC.
"Não é o momento de constrangimentos", disse o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN). "Não recuamos. Só não potencializamos", resumiu o presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), após a reunião.
À espera do apoio de Alckmin, Kassab chegou a recuar após subir um tom sobre o desejo de reeleição. Questionado sobre a hipótese de concorrer mesmo sem o PSDB, disse: "Sou uma figura de partido".
O gesto não minimizou a tensão entre DEM e alckmistas. Na chegada, Maia afirmou: "O prefeito Kassab continuará trocando votos no nosso lado e em maio já estará na frente de Alckmin", afirmou.
O deputado federal Edson Aparecido -um dos articuladores de Alckmin- reagiu: "É inaceitável o PFL [DEM] fazer pressão para o PSDB ter candidato sendo o Alckmin o único capaz de derrotar o PT".


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