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Alckmin se reúne com FHC, que volta a defender aliança com DEM
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-governador Geraldo
Alckmin se reuniu ontem com
o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso. Na conversa, reafirmou a defesa de lançamento de candidatura do PSDB
à Prefeitura de São Paulo.
FHC, por sua vez, pregou a
manutenção da aliança com o
DEM na cidade. O ex-presidente recomendou que todos os esforços sejam feitos no sentido
de preservá-la, mas não teria
defendido abertamente a candidatura à reeleição do prefeito
Gilberto Kassab (DEM).
Segundo tucanos, a conversa
não foi conclusiva. Hoje, Alckmin se reunirá com o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen. A articulação suspendeu a
ofensiva dos democratas.
Um dia depois de o governador José Serra participar de
jantar com a cúpula do partido,
Kassab interveio ontem para
impedir que os democratas registrassem em nota um ultimato ao PSDB. Na noite de segunda-feira, o comando do partido
decidiu divulgar um documento no qual ameaçaria compor
até com aliados do governo Lula nas eleições.
"Nossa prioridade é a oposição, mas não vetaremos nenhum tipo de aliança", dizia o
texto preliminar.
Kassab alegou, no entanto,
que, por ser presidente do conselho, poderia ser acusado de
ter convocado uma reunião para pressionar o PSDB.
Além disso, a avaliação foi
que não seria prudente avançar
na véspera do encontro entre
Bornhausen e Alckmin. A conversa foi acertada na segunda-feira, quando Bornhausen almoçou com o presidente municipal do PSDB, José Henrique
Lobo. Bornhausen também se
reuniu com FHC.
"Não é o momento de constrangimentos", disse o líder do
DEM no Senado, Agripino
Maia (RN). "Não recuamos. Só
não potencializamos", resumiu
o presidente do DEM, Rodrigo
Maia (RJ), após a reunião.
À espera do apoio de Alckmin, Kassab chegou a recuar
após subir um tom sobre o desejo de reeleição. Questionado
sobre a hipótese de concorrer
mesmo sem o PSDB, disse:
"Sou uma figura de partido".
O gesto não minimizou a tensão entre DEM e alckmistas. Na
chegada, Maia afirmou: "O prefeito Kassab continuará trocando votos no nosso lado e em
maio já estará na frente de
Alckmin", afirmou.
O deputado federal Edson
Aparecido -um dos articuladores de Alckmin- reagiu: "É
inaceitável o PFL [DEM] fazer
pressão para o PSDB ter candidato sendo o Alckmin o único
capaz de derrotar o PT".
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