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outro lado
Advogado afirma que vazamento é "criminoso"
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Celso Vilardi,
que defende a Camargo Corrêa,
disse lamentar o "vazamento
criminoso" de documentos
apreendidos durante a Castelo
de Areia. Disse que já pediu investigação sobre isso.
"Desde que a defesa passou a
combater as decisões da Operação Castelo de Areia nos tribunais, está havendo um contínuo
e criminoso vazamento de dados. É possível notar um certo
método nesse vazamento, ou
seja, sempre que há uma decisão para ser proferida pelos tribunais, mais e mais dados confidenciais são entregues à imprensa", disse.
Em fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça deverá se pronunciar sobre a liminar que supendeu provisoriamente a Castelo de Areia. A defesa argumenta que a produção de provas foi ilegal, o que o Ministério
Público Federal refuta.
"A liminar também foi concedida para cessar esse tipo de
vazamento ilegal. Lamento que
queriam politizar o caso e, uma
vez mais, de forma precipitada.
O primeiro vazamento de uma
lista de doações políticas mostrou-se, depois, completamente legal. E, enquanto tudo isso
acontece, o meu pedido para
que esses vazamentos sejam investigados segue parado na
Justiça", disse Vilardi.
O deputado federal José Genoino (PT-SP) afirmou que
nunca teve contato com ninguém da Camargo Corrêa e que
todas as suas doações foram declaradas. "Desconheço completamente essa informação." Segundo Genoino, Danilo, cujo
nome aparece ao lado da doação, é "amigo de longa data",
que o ajuda, às vezes, com questões jurídicas, mas sem nenhuma relação com a arrecadação.
A assessoria do senador Jarbas Vasconcelos informou que
"nem o comitê financeiro do
PMDB nem o da candidatura
ao Senado têm registro de doação da Camargo Corrêa". Informou ainda que, nos últimos 12
anos, não há nenhum repasse
da construtora ao PMDB-PE.
Qualquer outra questão, disse,
deve ser explicada pela empresa ou pelo diretor.
O advogado de Antonio Palocci, José Roberto Batochio,
afirmou ontem que todas as
doações foram "criteriosamente declaradas ao tribunal".
A Folha entrou contato duas
vezes com o assessor de Delfim
Neto, a quem repassou todo o
teor da planilha. Num primeiro
momento, o assessor informou
que falaria com o ex-ministro.
Depois, às 19h, disse que Delfim estava repousando e não
poderia ser interrompido por
motivos de saúde.
A reportagem conversou
com a assessoria de Tatto às
13h e às 15h30. Telefonou ainda para o motorista do deputado, que informou que o parlamentar estava em reunião e retornaria a ligação para a reportagem, o que não ocorreu.
Procurada pela Folha às 14h
e às 17h, a assessoria do vice-governador informou que não
conseguiu entrar em contato
com Goldman.
No gabinete do deputado
João Paulo Cunha, às 12h30, a
reportagem foi informada que
ele estava viajando. Ele não retornou. A secretária do ex-deputado Robson Tuma disse, em
telefonemas às 13h30 e às
16h30, que ele estava incomunicável no interior do Rio.
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