São Paulo, sábado, 23 de janeiro de 2010

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outro lado

Governo estadual nega qualquer irregularidade

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O governo do Pará negou, em nota, qualquer irregularidade nas obras dos hospitais e afirmou que o contrato que mantém com a construtora Camargo Corrêa é administrado com "rigor", havendo uma "relação transparente".
De acordo com a nota, o rigor na administração ocorre "apesar de momentos de tensão naturais em contratos dessa natureza, em função de projetos que demandaram melhorias e adequações para pleno funcionamento futuro".
Segundo o texto, é "absolutamente descabida qualquer vinculação do atual governo do Pará com as investigações em curso" sobre a Camargo Corrêa.
Questionada pela Folha sobre a inatividade de hospitais construídos pela empreiteira no Pará, a Secretaria Estadual da Saúde não se pronunciou.
A Camargo Corrêa afirmou, por meio de sua assessoria, que "o consórcio somente recebeu por aquilo que efetivamente executou" no Pará.
Em relação às suspeitas levantadas pelo Ministério Público Federal em São Paulo, Carlos Botelho, consultor-geral do Pará, já negou anteriormente a existência de propina. Botelho também afirmou que não entendia o porquê de seu nome ser citado, visto que a licitação para as obras ocorreu ainda no governo de Simão Jatene (PSDB).
O secretário-geral do PMDB paraense, Wilson Ribeiro, também já havia negado qualquer irregularidade. Ele afirmou que o recebimento de todo o dinheiro ocorre "com clareza, na conta bancária do partido".
Em 2008, disse Ribeiro, a empreiteira doou ao partido R$ 300 mil. De acordo com ele, a doação foi legal, oficializada pela Justiça Eleitoral.
A empreiteira reafirmou ontem sua posição sobre as suspeitas de propina. Afirmou que só vai se pronunciar quando quando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidir em definitivo sobre a Operação Castelo de Areia. (JCM)


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