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São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 2003

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Promotoria investiga desvio de verbas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA

Inquérito do Ministério Público indica que a Assembléia Legislativa do Espírito Santo funcionava como "suporte jurídico" para o desvio de verbas públicas enquanto teve José Carlos Gratz (PFL) na presidência, segundo o promotor Adriani Ozório.
Uma lei de dezembro de 1999 autorizou que a CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) quitasse dívida tributária no valor de R$ 1 milhão doando o dinheiro para obras de saneamento no município de Sooretama. Os recursos teriam sido desviados.
A CVRD repassou o dinheiro, mas as obras foram contratadas por meio de convênio entre a Assembléia, a Limaq e a prefeitura.
Na mesma época, segundo o promotor, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) repassou a mesma quantia também para obras de saneamento na cidade. "As obras foram feitas com o dinheiro da Funasa", disse ele.
De acordo com as investigações, o dinheiro foi depositado na cooperativa de crédito Siccob.
Depois de ter rendido dividendos, foram transferidos R$ 515 mil para a conta do empreiteiro Vilmar Borges da Silva. Outros R$ 500 mil teriam sido sacados por ele na boca do caixa.
O mesmo mecanismo teria sido usado para abater uma dívida tributária da CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) de R$ 2,5 milhões. O promotor acredita, porém, que as empresas foram chantageadas. (FK)


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