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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Cabo-de-guerra
A resistência do PSB em abdicar de seu melhor ministério, manifestada ontem formalmente a Lula, já
era cantada por Ciro Gomes a colegas de Câmara antes do Carnaval. "Vamos reagir", avisava o ex-titular
da Integração Nacional, enquanto crescia, na bolsa de
apostas, o nome de Geddel Vieira Lima para o cargo.
Ciro nunca escondeu a contrariedade com a perspectiva de nomeação do deputado peemedebista para
um posto em que deixou um substituto de sua inteira
confiança, Pedro Britto. Em privado, o ex-ministro
lembra que Geddel, além de neolulista, vem de um Estado -a Bahia- contrário à transposição do São
Francisco, carro-chefe da pasta. Já os aliados de Geddel acreditam que Ciro quer manter a Integração sob
sua influência como plataforma para 2010.
A serviço 1. Na bica para
receber a Integração Nacional, o PMDB da Câmara faz
uma outra leitura do renovado esforço do PSB para se
manter no comando da pasta:
seria uma maneira de embolar o jogo, favorecendo os peemedebistas do Senado.
A serviço 2. No entender
dos peemedebistas alinhados
com o PT na Câmara, adversários do "bloquinho" no qual
reina o PSB de Eduardo Campos, não foi à toa que o governador de Pernambuco perguntou a Lula, ontem, se o
presidente pretende esperar o
resultado da eleição interna
do PMDB para anunciar a reforma. A alegada resposta positiva é tudo o que o senador
Renan Calheiros queria ouvir.
Básico. No encontro com o
PSB, Lula foi cristalino ao expor sua dificuldade para dar
Cidades a Marta Suplicy, como cobra o PT: "Se eu tirar o
PP de lá, onde eu vou pôr?"
Passe livre. José de Filippi
Jr., prefeito de Diadema que
foi tesoureiro da campanha
de Lula à reeleição, esteve ontem no quarto andar do Palácio do Planalto, no gabinete
do ministro Tarso Genro.
Bola sete. 1.896.000 eleitores estão ameaçados com o
cancelamento de seus títulos
por não terem votado nem
justificado nos três últimos
turnos eleitorais do país. Escaparão aqueles que regularizarem a situação dentro do
prazo de 60 dias a contar da
próxima segunda, 26 de fevereiro. Os nomes dos faltosos
serão postados no site do TSE.
Go home 1. A Coordenação dos Movimentos Sociais,
que reúne CUT, UNE e MST,
finaliza hoje em encontro no
Rio de Janeiro sua programação de protestos para 8 de
março, dia da visita de George
W. Bush a São Paulo.
Go home 2. As entidades
planejam realizar manifestações diante de todos os edifícios onde o presidente norte-americano estiver. As comemorações do Dia Internacional da Mulher serão usadas
para engrossar, em outras cidades do país, os atos contra a
presença de Bush.
Enlaçados. André Puccinelli classifica como um "bote
certo" seu apoio público a Arlindo Chinaglia (PT-SP) na
disputa pela presidência da
Câmara. O deputado petista
passou o Carnaval em Bonito,
Mato Grosso do Sul, e se declarou "devedor" do governador peemedebista, que agora
luta por mudanças no PAC a
fim de atender seu Estado.
Pires na mão 1. Yeda
Crusius enviará a Brasília na
próxima quarta-feira seus secretários da Fazenda e do Planejamento. Eles distribuirão
à bancada gaúcha uma relação
com projetos prioritários para o Estado que podem receber recursos federais.
Pires na mão 2. A governadora tucana, que enfrenta
uma crise financeira, já é alvo
dos prefeitos do interior do
Rio Grande do Sul, que ainda
não receberam os repasses
destinados ao transporte escolar para o ano letivo.
Visita à Folha. Nelson
Machado, ministro da Previdência, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de
Laerte Dorneles Meliga, assessor de comunicação social.
Tiroteio
"É a aliança São Tomé. Como um desconfia
do outro, ambos só acreditam vendo".
Do cientista político RUBENS FIGUEIREDO, sobre a alegada disposição
de Lula para anunciar o ministério de seu segundo mandato apenas
depois da eleição interna do PMDB.
Contraponto
Pé frio
A escola de samba Vai-Vai reuniu em uma de suas alas
os deputados federais petistas Vicentinho e Paulo Teixeira, o vereador paulistano Celso Jatene (PTB) e o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman (PSDB).
Pouco antes do desfile, Feldman lembrava o fato de
sempre ter desfilado pela Leandro de Itaquera, que no
ano passado homenageou José Serra e Geraldo Alckmin.
-Por que mudou de escola?-, quis saber um repórter.
-Ela caiu, ora!
Ao seu lado, Paulo Teixeira provocou:
-Depois que o PSDB derrubou a Leandro, o Walter não
teve saída senão pedir asilo na Vai-Vai.
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