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Base aliada aceita dar cargo na CPI ao PSDB, mas PT ainda resiste
Senador Romero Jucá (PMDB-RR) alega que instalação de duas CPIs sobre cartões traria mais desgaste para o governo
"Já que tem que ter CPI que se faça um acordo", afirma o líder do PR, Luciano Castro; "devemos ceder", diz o líder do PMDB, Henrique Eduardo
MARIA CLARA CABRAL
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Após quase duas semanas de
discussões em torno dos postos
de comando da CPI mista dos
Cartões Corporativos, agora o
único entrave para o acordo entre governistas e oposição é o
PT. Os outros líderes da base já
estão convencidos e dispostos a
ceder a presidência da comissão para um senador do PSDB.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR),
foi o responsável pela mudança
de posição dos aliados, com o
argumento de que duas CPIs
trariam um desgaste maior.
Enquanto partidos como
PMDB, PR e PSB já mudaram o
discurso, as resistências mais
fortes são Henrique Fontana
(PT-RS), líder do governo na
Câmara, e Maurício Rands (PT-PE), líder do partido. "Já que
tem que ter CPI que se faça um
acordo. Acredito que devemos
ceder uma vaga ao PSDB", declarou o líder do PR, Luciano
Castro (RR). "Não tem por que
radicalizar, acho que a posição
de Fontana é muito radical. Já
tomei a iniciativa de dizer ao
Jucá que devemos ceder", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo (RN).
Ontem, Jucá disse que na
próxima semana tentará convencer os únicos que faltam para selar o acordo, mas os petistas estão irredutíveis. "Converso todos os dias com o Jucá e
respeito a opinião dele, mas estou seguro e sereno sobre a minha posição", disse Fontana.
Antes da possibilidade de um
acordo, Luiz Sérgio (PT-RJ) foi
indicado para a relatoria da CPI
e Neuto de Conto (PMDB-SC)
para a presidência, mas o líder
do PMDB no Senado, Valdir
Raupp (RO) já sinalizou que
pode recuar de sua decisão.
Caso Jucá saia derrotado, a
oposição deve partir para uma
investigação exclusiva do Senado. "De terça-feira não passa.
Se o Jucá não resolver isso, vamos focar na CPI exclusiva do
Senado", diz o líder do PSDB no
Senado, Arthur Virgílio (AM).
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