São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

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Base aliada aceita dar cargo na CPI ao PSDB, mas PT ainda resiste

Senador Romero Jucá (PMDB-RR) alega que instalação de duas CPIs sobre cartões traria mais desgaste para o governo

"Já que tem que ter CPI que se faça um acordo", afirma o líder do PR, Luciano Castro; "devemos ceder", diz o líder do PMDB, Henrique Eduardo

MARIA CLARA CABRAL
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após quase duas semanas de discussões em torno dos postos de comando da CPI mista dos Cartões Corporativos, agora o único entrave para o acordo entre governistas e oposição é o PT. Os outros líderes da base já estão convencidos e dispostos a ceder a presidência da comissão para um senador do PSDB.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi o responsável pela mudança de posição dos aliados, com o argumento de que duas CPIs trariam um desgaste maior.
Enquanto partidos como PMDB, PR e PSB já mudaram o discurso, as resistências mais fortes são Henrique Fontana (PT-RS), líder do governo na Câmara, e Maurício Rands (PT-PE), líder do partido. "Já que tem que ter CPI que se faça um acordo. Acredito que devemos ceder uma vaga ao PSDB", declarou o líder do PR, Luciano Castro (RR). "Não tem por que radicalizar, acho que a posição de Fontana é muito radical. Já tomei a iniciativa de dizer ao Jucá que devemos ceder", afirmou o líder do PMDB, Henrique Eduardo (RN).
Ontem, Jucá disse que na próxima semana tentará convencer os únicos que faltam para selar o acordo, mas os petistas estão irredutíveis. "Converso todos os dias com o Jucá e respeito a opinião dele, mas estou seguro e sereno sobre a minha posição", disse Fontana.
Antes da possibilidade de um acordo, Luiz Sérgio (PT-RJ) foi indicado para a relatoria da CPI e Neuto de Conto (PMDB-SC) para a presidência, mas o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO) já sinalizou que pode recuar de sua decisão.
Caso Jucá saia derrotado, a oposição deve partir para uma investigação exclusiva do Senado. "De terça-feira não passa. Se o Jucá não resolver isso, vamos focar na CPI exclusiva do Senado", diz o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).


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