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Tucano terá de provar ao STF recusa de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso
de Mello adiou por dez dias a
decisão de conceder liminar
que obrigue a Presidência da
República a divulgar os dados sobre os seus próprios
cartões corporativos e impôs
uma exigência que poderá
representar um obstáculo
futuro à concessão.
Relator do mandado de segurança movido pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o ministro disse que, se
quiser insistir no prosseguimento da ação, ele precisará
provar que a recusa da Presidência em liberar informações sobre os cartões partiu
do próprio presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, não de
auxiliares dele.
Mello deu dez dias de prazo que Virgílio envie "provas
inequívocas" de que o autor
da recusa foi Lula. Se elas não
forem apresentadas ou forem consideradas inconsistentes, a ação será arquivada.
Virgílio disse que está juntando os documentos. Entre
eles o senador vai apresentar
a resposta da chefe da Casa
Civil, ministra Dilma Rousseff, a um requerimento sobre os cartões e cópia de uma
entrevista do ministro Jorge
Felix (Gabinete de Segurança Institucional) em que ele
argumenta que os dados do
presidente não podem ser
revelados.
O mandado de segurança é
contra ato do presidente.
Mas, segundo Mello, o tucano disse que as decisões de
não abrir os dados sobre os
cartões foram da Casa Civil,
do Gabinete de Segurança
Institucional e do Gabinete
Pessoal.
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