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Divulgação de verba valerá a partir de agora
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao decidir dar transparência aos dados da verba
indenizatória dos deputados, a Câmara criou uma
polêmica ao anunciar que
o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica)
não seria divulgado. Depois das críticas de que a
abertura das notas fiscais
seria parcial sem o CNPJ,
os integrantes da Mesa
voltaram atrás e decidiram publicar os dados.
A publicação do CNPJ
-uma espécie de "carteira
de identidade" das empresas- aumenta a transparência pois será possível,
entre outras coisas, saber
quem é dono do estabelecimento onde os deputados usaram a verba e se está ativo ou tem pendências
com a Receita Federal.
A decisão pela transparência também só vale a
partir de agora, ou seja, os
gastos com a verba no passado continuam sem publicidade. Em cerca de 40
dias os dados estarão disponíveis no site da Câmara (www2.camara.gov.br/transparencia).
Os integrantes da Mesa
decidiram dar publicidade
às notas depois que surgiu
a suspeita de que o ex-corregedor da Casa, Edmar
Moreira, pode ter usado a
verba para pagar empresa
de segurança que lhe pertence. O caso é analisado
pelo corregedor-geral, deputado Antônio Carlos
Magalhães Neto (DEM-BA), que deve notificar
Moreira sobre o caso apenas depois do Carnaval.
Criada em 2001, no início da gestão do hoje governador Aécio Neves
(PSDB-MG) na presidência da Câmara, a verba indenizatória reservava R$ 7
mil por mês a cada um dos
513 deputados. Hoje em
R$ 15 mil, acumula reajuste de 115%- a inflação no
período foi de 69%.
Questionado sobre o assunto, Aécio defendeu a
existência da verba dizendo que ela é positiva quando usada com "total transparência, fiscalização e
controle".
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