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O QUE DIZEM OS GOVERNADORES
Covas defende fim de vinculação à Previdência
da Reportagem Local e
da Agência Folha
O governador de São Paulo,
Mário Covas, defende o fim da
vinculação entre salário mínimo
e Previdência Social. Segundo ele,
essa seria a melhor solução para
permitir o aumento do mínimo
sem pôr em risco as contas públicas. "O melhor é desvincular da
Previdência. E aí você opera o salário mínimo segundo as conveniências", disse ontem o governador, na Assembléia Legislativa de
São Paulo.
O governador lembrou que para prefeituras de pequenos municípios o aumento do mínimo
também faz diferença no orçamento. Ele afirmou que não é
possível ter o mesmo salário mínimo em todo o país e defendeu a
regionalização do valor. Citou como exemplo o caso paulista, em
que o piso, desde 1997, vale R$
240,00, que, à época, valiam US$
205, segundo Covas.
"Devia ser regionalizado isso,
como já foi no passado. Mas o
melhor seria desvincular o valor
de qualquer coisa. Salário mínimo é salário mínimo. E serve para
pagar salário mínimo, ponto final", disse o governador.
Covas contestou as críticas à regionalização. Disse que o valor
unificado do mínimo não evitou
a migração para as regiões mais
ricas do país. Segundo ele, a migração não ocorre apenas pelos
salários mais altos, mas por serviços e benefícios oferecidos pelo
Estado, como creches, escolas e
postos de saúde. "Muitos levam
uma vida extremamente difícil,
mas têm coisas que lá, na sua origem, não têm", explicou Covas.
O governador defendeu mais
equilíbrio na distribuição de recursos públicos federais. "As pessoas querem se fixar no lugar de
origem. O valor único não evitou
o êxodo. Não é por aí", afirmou.
Apoio
A governadora do Maranhão,
Roseana Sarney, promete manter
a decisão de aumentar o salário
mínimo do funcionalismo público do Estado para R$ 177 -o
equivalente a cerca de US$ 100.
Segundo sua assessoria, ela tem
apoio de toda a iniciativa privada
do Estado (associações industriais e comerciais) e das prefeituras para adotar o piso.
O reajuste salarial deve começar
a vigorar no dia 1º de maio e beneficiará 23 mil de um total de 92 mil
funcionários públicos do Estado,
que recebem um salário mínimo.
A assessoria da governadora informou ainda que o aumento significará um acréscimo de 1% sobre o total da folha de pagamento
atual, mantendo os gastos pessoal
abaixo do limite de 60% da receita
líquida (Lei Camata).
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