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São Paulo, domingo, 23 de março de 2003

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Juiz vê benefício a família no TRF

DA REPORTAGEM LOCAL

Na representação criminal ao STJ, Rocha Mattos diz que os advogados Cid Flaquer Scartezzini, Cid Flaquer Scartezzini Filho (irmão e sobrinho de Jorge Scartezzini) e a mulher do ex-presidente do TRF-3, Ana Maria Goffi Flaquer Scartezzini (também ex-desembargadora), atuam indistintamente em processos distribuídos a desembargadores que formariam, no tribunal federal, o chamado "grupo Scartezzini".
Rocha Mattos diz que, até mesmo em plantões, "parece haver uma série de coincidências que beneficiam um determinado grupo de advogados, interligados até por laços familiares, alguns dos quais ex-magistrados, quase sempre em causas/processos de grande repercussão, inclusive quanto ao aspecto financeiro".
O juiz alega que, quando lhes convêm, esses advogados obtêm pedidos de preferência para antecipar ou retardar julgamentos. E diz que o desembargador Mairan Maia manteve pedido de vista por mais de um ano de processo de interesse desses advogados.
Segundo ele, o TRF-3 é "bastante liberal" no pagamento de diárias a juízes convocados, "substituições capitaneadas por membros do "grupo Scartezzini'". E é "pródigo" em pagar diárias a juízes que vão à Brasília fazer lobby em processos ou para entrar em listas de promoções ao STJ.
Rocha Mattos diz que a advogada Ana Maria Scartezzini, do escritório de advocacia de Arnold Wald, usava indevidamente o carro privativo do então juiz convocado e hoje desembargador Carlos Muta (que veio a ocupar a vaga de Jorge Scartezzini). (FV)


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