São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2005

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PP afirma que será independente em votação na Câmara

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após ver frustrada a participação no ministério de Luiz Inácio Lula da Silva, o PP vai passar a ter uma posição de independência nas votações da Câmara.
Oficialmente, o partido afirma que "nada muda". Reservadamente, deputados admitem que ficou impossível manter alinhamento automático com o Planalto. O comportamento agora da bancada será caso a caso.
Essa situação só muda quando ficar garantido lugar na Esplanada. O partido tem ainda a esperança de que, passado o "castigo" pelo discurso de Severino Cavalcanti (PE), haja movimento para atrair a sigla para a base.
A relação do PP com o governo já vinha turbulenta. O líder do partido na Câmara, José Janene (PR), é um crítico freqüente da atuação de Humberto Costa (Saúde).
Deputados pepistas ontem reclamavam do fato de o governo ter desfeito um acordo pelo qual um dos integrantes da bancada, Ciro Nogueira (PP-PI), seria ministro.
Ontem, líderes do PP criticaram o governo por usar a fala de Severino como pretexto para cancelar a reforma. "O presidente [Lula], no Espírito Santo, também deu uma declaração infeliz e depois se explicou", afirmou Pedro Corrêa (PP-PE), presidente nacional do partido.
Corrêa e Janene disseram que não há intenção de sair da base. (FÁBIO ZANINI)


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