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Gilmar Mendes diz que servidores escolheram sua escola para cursos
Ministro anuncia que empenho de R$ 3.600 para mestrados vai virar bolsa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Gilmar Mendes,
que ocupa interinamente a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), anunciou que
transformará em bolsa de estudos um empenho de R$ 3.600,
referente ao curso de mestrado
em Ações Constitucionais autorizado a três funcionários do
órgão no IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), do
qual Mendes é um dos donos.
O anúncio foi feito após publicação de reportagem no jornal "O Globo" revelando que,
desde junho de 2005, o STF pagou R$ 48.787 ao IDP para custear despesas de servidores
com cursos de especialização.
Segundo Mendes, não há nenhuma irregularidade na
transferência de dinheiro do
tribunal para o instituto, já que
os próprios funcionários escolhem o curso e a escola onde
pretendem fazer especializações. Para ele, não havia necessidade de licitação porque somente essa escola oferece determinados cursos.
"Sou co-proprietário do Instituto Brasiliense de Direito
Público há dez anos. Não é um
projeto comercial, é um projeto
acadêmico, bem sucedido, com
laços internacionais."
Ele afirmou que os servidores interessados em especializações se inscrevem em um
programa de capacitação e escolhem a instituição onde desejam estudar. Ele negou a existência de um contrato entre o
STF e a escola.
Mendes se queixou anteontem do noticiário da imprensa.
"É preciso pôr fim a essa prática de pistolagem jornalística",
afirmou o ministro.
Desde a terça-feira passada,
Mendes, que é vice-presidente
do STF, ocupa interinamente a
presidência do órgão, em razão
de licença da ministra Ellen
Gracie Northfleet por problemas de saúde na família.
Na quarta-feira, Mendes avisou a Ellen que tinha decidido
transformar o empenho do
curso dos três novos estudantes no IDP em bolsa.
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