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Advogado afirma que juiz é vítima
DA REPORTAGEM LOCAL
Sérgio Lazzarini, advogado que defendeu o juiz
federal Manoel Álvares na
primeira fase do processo,
afirmou ontem que está
sem acesso aos autos da
investigação, mas que nada foi provado contra seu
cliente. Segundo ele, Álvares está sendo vítima de
um doleiro que, à época do
início da investigação, estava apenas interessado
nos benefícios da delação
premiada e, por isso, acusou o magistrado.
"Foi um doleiro que teria sido indiciado e autuado por sonegação fiscal e
que fez um acordo para se
safar. Ele alega que teria
dado dinheiro para trancar uma execução fiscal,
que, no final das contas,
nem acabou trancada",
disse o advogado.
Ainda de acordo com
Lazzarini, o mesmo acusador teria afirmado que o
dinheiro foi entregue para
uma terceira pessoa que
supostamente falava em
nome do juiz Álvares na
negociação.
"Qualquer juiz está sujeito a ter alguém que peça
dinheiro em nome dele
sem que ele saiba disso",
afirmou. O advogado também questiona a forma como a investigação vem
sendo conduzida pelas autoridades responsáveis.
"Desde o início tive dificuldades até para acompanhar depoimentos. Mas,
depois que o caso foi para o
STJ [Superior Tribunal de
Justiça], em Brasília, não
tive mais acesso ao inquérito", afirmou.
Desde sexta-feira, a Folha deixou recados no
apartamento de Álvares,
na zona norte de São Paulo, mas até o fechamento
desta edição ele não havia
respondido.
A juíza Maria Cristina
Cukierkorn disse na sexta-feira, por meio de sua assessoria, que está "estarrecida" com a ação da Polícia
Federal e que ainda não
sabe quais são as acusações que pesam contra ela.
Na sexta-feira, o juiz Djalma Moreira Gomes não se
pronunciou.
Também foram deixados recados com pedidos
de entrevistas na casa da
desembargadora Alda
Basto e no escritório do
advogado Luiz Roberto
Pardo. Ambos não responderam. A reportagem não
conseguiu localizar Roberto Haddad, Sidney Ribeiro, Danielle Chiorino
Figueiredo, Bruno Penafiel Sander, Lúcia Rissayo
Iwai, e Maria José Moraes
Rosa Ramos.
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