São Paulo, segunda-feira, 23 de abril de 2007 |
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Toda Mídia Nelson de Sá Esquerda e direita
Em seu primeiro teste, a France 24,
a CNN francesa que se quer tão independente quanto seus modelos,
frustrou. Amontoou debates e links anticlimáticos e
destacou a "participação recorde",
também manchete do Lemonde.fr.
O canal se salvou pelos discursos ao
vivo de Nicolas Sarkozy e Ségolène Royal, eles, sim,
mais modernos e envolventes como personagens de
mídia. Royal e a sua claque mostraram entusiasmo.
Sarkozy e a sua, um pouco menos. Nas chamadas da
France 24, expressões tipo "duelo" e "Sarkozy contra
Royal". O blog Seqüências Parisienses,
de Luiz Felipe de Alencastro, explica que é "um novo embate político
na França: à esquerda, a primeira mulher com chance
afasta-se do militantismo herdado de maio de 1968;
no campo conservador, um líder verdadeiramente de
direita, decidido a abandonar o gaullismo social". "GIGANTES"
Os Brics aparecem de todo lado. A agência americana AP, em seu despacho de Paris, diz que "os franceses estão preocupados em perder empregos para China, Índia e Brasil". No "Wall Street Journal", o artigo de um professor de Chicago diz que "a idéia de que os EUA poderiam impor sua concepção de direitos humanos a outros países tem apanhado e apanhará mais, conforme poderes regionais como China, Rússia, Índia, África do Sul e Brasil continuem a crescer e se afirmar". Mas é do "New York Times", sob o título "Mercados emergentes, gigantes emergentes", o texto mais paranóico do fim de semana. Abre dizendo que "uma nova onda de competição externa começa a irromper na economia dos EUA, de empresas de mercados emergentes como Brasil, Rússia, Índia e China". Daqui, já no segundo parágrafo, são relacionadas Embraer, Braskem, Embraco e Natura. NO IRÃ Enquanto duela com Hugo Chávez, o Itamaraty abre novas frentes. Segundo as agências Irna e Isna, uma missão liderada por Roberto Jaguaribe, o vice de Celso Amorim, "defendeu expansão nas relações com o Irã". NA NICARÁGUA De outro lado, outra missão do Itamaraty, comandada por Jorge Taunay, chegou ontem também à Nicarágua para "dar seguimento", no dizer da agência espanhola Efe, aos acordos fechados por ambos -em etanol, por exemplo.
SEM FAZER ESCÂNDALO Para variar, um escândalo em que a internet não dá as
cartas. Nem a televisão. Nada daquelas campanhas do "Jornal Nacional",
que fechou a semana apostando por
dois dias em adulteração de gasolina,
ou do "Fantástico".
On-line, tem até site jurídico
postando que "não se sabe"
se o desembargador Roberto Haddad é alvo da operação,
mesmo com a apreensão de documentos em seu gabinete.
Na blogosfera, Zé Dirceu,
com atraso, só reclamou que a
oposição barrou a CPI dos Bingos. E a coisa parou por aí.
Talvez pela complexidade do caso, que avança a esmo. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Sem Terra: Canavial em Limeira é invadido Próximo Texto: Entrevista da 2ª/Luiz Marinho: "Previdência tem de conter explosão de pensões por morte" Índice |
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