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memória
Sessões já foram palco de bate-bocas
DA REPORTAGEM LOCAL
As sessões de julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) já foram
palco de ataques pessoais
entre ministros em um
passado recente.
Moreira Alves, que deixou o STF em 2003, era o
ministro apontado como o
de temperamento mais
explosivo do tribunal.
Alves teve discussões
com os ministros Francisco Rezek -com quem ficou sem falar por pelo menos cinco anos-, Xavier
de Albuquerque, Sepúlveda Pertence e Maurício
Corrêa. Todos eles já deixaram o tribunal.
O julgamento de um
editor acusado de ter publicado um livro com
ideias antissemitas, em
2003, foi o cenário de dois
atritos entre magistrados.
O primeiro embate
ocorreu entre Alves e Corrêa, que divergiram sobre
a condenação do editor.
Descontente com o posicionamento contrário, Alves acusou Corrêa de ter
copiado pareceres do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e do
ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior.
Depois da troca de ataques, Corrêa disse a Alves:
"Vossa Excelência deu
tanta importância a meu
voto que passou o tempo
todo conversando". Alves
respondeu: "Isso aqui não
é uma casa de vaidade".
A discussão só teve fim
porque a sessão do tribunal foi interrompida.
Quando o julgamento
foi retomado, meses depois, o bate-boca foi entre
os magistrados Nelson Jobim (atual ministro da Defesa) e Carlos Britto.
Na ocasião, Jobim sugeriu que Britto teria antipatia pelo povo judeu.
Enquanto Britto fazia
referências ao acusado,
Jobim interrompeu a fala
do colega. "O senhor conhece o editor de livros?",
indagou Jobim.
Britto respondeu que
conhecia vários juristas
gaúchos e que os havia
consultado sobre o assunto. Então Jobim lançou
uma pergunta mais agressiva: "Todos eles são de
origem alemã?".
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