São Paulo, quinta-feira, 23 de abril de 2009

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memória

Sessões já foram palco de bate-bocas

DA REPORTAGEM LOCAL

As sessões de julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) já foram palco de ataques pessoais entre ministros em um passado recente.
Moreira Alves, que deixou o STF em 2003, era o ministro apontado como o de temperamento mais explosivo do tribunal.
Alves teve discussões com os ministros Francisco Rezek -com quem ficou sem falar por pelo menos cinco anos-, Xavier de Albuquerque, Sepúlveda Pertence e Maurício Corrêa. Todos eles já deixaram o tribunal.
O julgamento de um editor acusado de ter publicado um livro com ideias antissemitas, em 2003, foi o cenário de dois atritos entre magistrados.
O primeiro embate ocorreu entre Alves e Corrêa, que divergiram sobre a condenação do editor. Descontente com o posicionamento contrário, Alves acusou Corrêa de ter copiado pareceres do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e do ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior.
Depois da troca de ataques, Corrêa disse a Alves: "Vossa Excelência deu tanta importância a meu voto que passou o tempo todo conversando". Alves respondeu: "Isso aqui não é uma casa de vaidade".
A discussão só teve fim porque a sessão do tribunal foi interrompida.
Quando o julgamento foi retomado, meses depois, o bate-boca foi entre os magistrados Nelson Jobim (atual ministro da Defesa) e Carlos Britto.
Na ocasião, Jobim sugeriu que Britto teria antipatia pelo povo judeu.
Enquanto Britto fazia referências ao acusado, Jobim interrompeu a fala do colega. "O senhor conhece o editor de livros?", indagou Jobim.
Britto respondeu que conhecia vários juristas gaúchos e que os havia consultado sobre o assunto. Então Jobim lançou uma pergunta mais agressiva: "Todos eles são de origem alemã?".


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