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Novo presidente do TSE promete "máximo rigor" durante eleição
FELIPE SELIGMAN
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O novo presidente do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral),
Ricardo Lewandowski, prometeu ontem "máximo rigor" da
Justiça Eleitoral para coibir irregularidades cometidas pelos
políticos nas eleições deste ano,
como o financiamento ilegal de
campanhas, propaganda eleitoral indevida, abuso de poder
político e econômico e a captação ilícita de recursos.
Ao lado da ministra Cármen
Lúcia, agora vice-presidente do
tribunal, Lewandowski permanecerá no cargo pelos próximos
dois anos.
"A Justiça Eleitoral conta,
para fazer prevalecer a livre
manifestação da vontade dos
eleitores, com um arsenal de
medidas legais, das quais não
hesitará fazer uso com o máximo rigor", disse o novo presidente do TSE.
Ele também fez um apelo aos
candidatos para que evitem levar suas brigas ao Judiciário,
resolvendo-as no campo político, a "arena que lhes é própria".
Lewandowski classificou de
"esterelizante" o que chamou
de "judicialização da política".
Para ele, a resolução das disputas no campo político reforça a democracia. Lewandowski
afirmou que não cabe ao TSE
protagonizar o processo eleitoral, mas apenas "criar condições para que ele transcorra em
um clima de festa cívica".
O ministro sucede Carlos Ayres Britto, que se despede do
TSE para assumir amanhã a vice-presidência do STF (Supremo Tribunal Federal).
A posse dele no TSE foi
acompanhada por vários políticos, como o presidente Lula,
multado duas vezes pelo tribunal neste ano por campanha
política antecipada, o pré-candidato do PSDB à Presidência,
José Serra, além dos presidentes da Câmara e do Senado, deputados, senadores e ministros. Dilma Rousseff, a pré-candidata do PT, estava ontem em
Brasília, mas não compareceu.
Após tirar fotos com o novo
presidente do TSE, Serra se encontrou na garagem do tribunal com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), provável vice de Dilma. Os dois
conversaram por alguns minutos. Serra chegou a indagar Temer sobre "a situação de Minas", onde há indefinição sobre
o candidato ao governo do PT.
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