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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Pré-candidato diz que tarefa será comandada por economista do Rio, que nega ter fechado contrato
Garotinho anuncia blitz nas pesquisas
LIEGE ALBUQUERQUE
ENVIADA ESPECIAL A MINAS
O pré-candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, afirmou ontem em Araguari (MG)
que as pesquisas eleitorais estão
sendo "manipuladas".
O presidenciável disse que, no
início da semana, contratou o
economista Isnard Martins e um
grupo de estatísticos para investigar pesquisas já realizadas, "dos
formulários à divulgação".
No Rio, Martins mostrou surpresa com a entrevista do governador. "Foi feito um convite por
telefone, mas isso ainda tem que
ser formalizado. Não existe nenhum grupo constituído. Eu preciso ouvir o que ele [Garotinho]
precisa exatamente, para saber se
é possível fazer. Temos que sentar
e conversar", afirmou Martins.
Professor da PUC-RJ, o economista está desde 1999 no governo
do Estado. Ele é coordenador de
tecnologia da Secretaria Estadual
de Segurança e foi convidado pela
equipe da governadora Benedita
da Silva (PT) a permanecer no
cargo. Benedita é adversária política de Garotinho.
Para o economista, DataFolha,
Ibope e Vox Populi são instituições "nobres e fortes" e suas pesquisas têm "um caráter de fidelidade muito próximo ao ideal".
Dívida dos Estados
O candidato do PSB afirmou
que, se eleito, pretende renegociar
as dívidas dos Estados com a
União e reduzir, de 13% para 9%,
o limite de comprometimento das
receitas estaduais para o pagamento dos débitos com a União.
Garotinho, que além de Araguari também esteve ontem em
Uberlândia e Uberaba (MG), afirmou que os oito anos de governo
do presidente Fernando Henrique Cardoso deveriam ser chamados de "década arruinada".
"O crescimento do país anual
nunca passa dos 2%, igual ao da
década perdida [anos 80]. Os índices econômicos são péssimos e
só podem piorar no governo de
seu sucessor [pretendido por
FHC], que não faz sentido ter esses votos todos [nas pesquisas]",
disse durante entrevista em Araguari (MG) a uma rádio local.
Foi a resposta a uma pergunta
sobre seu empate em segundo lugar nas pesquisas com José Serra
(PSDB) e sobre a declaração de
FHC de que seu sucessor terá de
ser "competente" para não deixar
o Brasil "virar Argentina".
Colaborou a Sucursal do Rio
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