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ESCÂNDALO DO MENSALÃO / GUERRA DAS TELES
Ex-tesoureiro deverá depor hoje; acusações feitas por Daniel Dantas serão o principal foco de perguntas dos parlamentares
Ministro do Supremo fez ressalvas e disse esperar que ex-petista não seja objeto de arbitrariedades durante o depoimento à comissão
STF nega liminar, e Delúbio terá de ir à CPI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Marco Aurélio de Mello negou liminar ao
ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares, mantendo-o obrigado a
comparecer hoje à CPI dos Bingos para prestar depoimento.
Um dos principais assuntos da
sessão deverá ser o suposto pedido de dinheiro de Delúbio ao
banqueiro Daniel Dantas.
Relator do habeas corpus
movido pelo advogado de Delúbio, Marco Aurélio também rejeitou os pedidos alternativos
do ex-tesoureiro: dispensa do
termo de compromisso de só
falar a verdade, orientação dos
advogados durante o depoimento e proibição de perguntas
sobre temas que extrapolem o
alvo da CPI -bingos.
O ministro disse esperar que
os parlamentares não cometam
arbitrariedades ao tomar o depoimento de Delúbio. "Os cidadãos, em geral, devem colaborar com as autoridades constituídas na elucidação de fatos."
O líder da minoria no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR),
afirmou que Delúbio será questionado sobre o suposto achaque que o PT teria feito ao banqueiro Daniel Dantas, dono do
grupo Opportunity. "É importante que esse fatos sejam esclarecidos", disse.
O tucano reconhece, contudo, que a CPI, até agora, não demonstra muita disposição em
investigar a denúncia de Dantas. Em entrevista à "Veja", o
banqueiro afirmou que Carlos
Rodenburg, ex-sócio do banqueiro, foi procurado por Delúbio para que o Opportunity
doasse "entre R$ 40 e R$ 50 milhões" ao PT.
Bingos
Apesar da expectativa sobre
Dantas, arrecadações de recursos em prefeituras petistas e
com empresários de bingos
também deverão ser assuntos
abordados no depoimento.
Os parlamentares dizem que
o objetivo é esclarecer por que
Delúbio mantinha contatos
com Vladimir Poletto, ex-assessor do ex-ministro Antonio
Palocci (Fazenda) que passou a
atuar como lobista em Brasília
durante o governo Lula.
(SILVANA DE FREITAS E ADRIANO CEOLIN)
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