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Câmara reclama de vazamento de nomes suspeitos
RANIER BRAGON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados iniciou uma reação contra a divulgação do nome dos parlamentares suspeitos de envolvimento no esquema de venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras. A procuradoria da casa
entrou na quinta-feira no TRF
(Tribunal Regional Federal) da
1ª Região com uma representação contra o juiz federal Jeferson Schneider, que preside os
inquéritos sobre o caso.
O documento, elaborado pelo procurador da Câmara, deputado Ney Lopes (PFL-RN),
diz que "não se pode permitir
que pessoas, com a presunção
de honestidade ilibada até prova em contrário, sejam execradas injustamente sem que haja
dados concretos e aferidos
quanto ao envolvimento ou não
nos fatos sob investigação".
A representação da Câmara
pede que o TRF apure as responsabilidades pelo vazamento
das informações da investigação, que corre em segredo de
Justiça. Além disso, pede que o
tribunal verifique a "legalidade,
legitimidade e correção dos
procedimentos adotados" pelo
juiz Schneider, que atua na 2ª
Vara Federal do Mato Grosso.
O juiz enviou a lista com o
nome de 62 deputados federais
citados na investigação da Polícia Federal à Câmara, ao Senado, a ministros do Supremo
Tribunal Federal, a procuradores e aos ministérios da Saúde e
do Desenvolvimento. A lista
acabou vazando à imprensa.
Lopes disse que, caso seja
comprovada a culpa do juiz, vai
denunciá-lo ao Conselho Nacional de Justiça: "Quero saber
por que ele mandou para Deus
e o mundo procedimentos inacabados. Na hora que ele mandou, o fato tornou-se público e
notório". O juiz disse que só irá
se pronunciar após ser notificado sobre a representação.
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